27 Junho 2024, Quinta-feira

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Professores voltam a unir-se na Praça de Bocage e exigem a ‘plenos pulmões’ melhores condições

Professores voltam a unir-se na Praça de Bocage e exigem a ‘plenos pulmões’ melhores condições

Professores voltam a unir-se na Praça de Bocage e exigem a ‘plenos pulmões’ melhores condições

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Profissionais consideram que classe é “completamente desrespeitada” e garantem que apenas querem “uma carreira digna”

 

Munidos de cartazes, apitos e tambores, cerca de duas centenas de professores voltaram a juntar-se na Praça de Bocage, zona a partir da qual exigiram a ‘plenos pulmões’ melhores condições de trabalho.

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Na acção, os docentes garantiram serem muitas as razões que levaram à realização da mesma, com Piedade Fernandes, professora há 35 anos, a dar como exemplo “a progressão da carreira”.

“Passei a minha vida toda a dar aulas e vou agora passar para o quinto escalão, mas na realidade não passo por causa das quotas necessárias. Foi tudo feito para eu ficar no mesmo ‘buraco’”, afirmou. Para a docente, actualmente “a classe perdeu todo o respeito”.

“É uma classe completamente desrespeitada e isto tem de acabar porque se não houver professores não há mais nenhuma profissão no mundo”, acrescentou. Isto tendo também em conta que “os professores trabalham em casa, aos fins-de-semana e nas férias para os alunos”.

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“Somos como os atletas que treinam, mas depois o produto final só se vê nas competições. Nós não deixamos o trabalho na escola e vamos para casa descansar com a família”, sublinhou. Ao seu lado, uma professora, que preferiu não identificada, garantiu que os docentes “estão muito cansados com tudo o que se está a passar”.

“Não temos condições de trabalho. Não temos vencimentos dignos. A nossa carreira não progride. Roubaram-nos tempo de serviço. É tudo de lamentar”, reforçou. Além disso, “há colegas muito mais novos que progridem muito mais depressa do que os que estão na carreira há muito mais tempo”.

“Nós apenas queremos que as pessoas saibam que não estamos aqui a falar por falar. O nosso problema não é o aumento de ordenados. O nosso objectivo é que nos respeitem, que tenhamos uma carreira digna e que nos dêem condições de trabalho”, referiu.

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Na iniciativa estiveram ainda membros da Federação Nacional dos Professores (FENPROF), do Sindicato Nacional dos Profissionais de Educação (SINAPE) e do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa (SPGL).

Professores percorrem escolas e garantem que vão “continuar a lutar”

Antes, no decorrer da tarde, um grupo com cerca de meia centena de professores percorreu diversos estabelecimentos de ensino da cidade de Setúbal, sendo que, durante a caminhada, os profissionais presentes garantiram que vão “continuar a lutar”.

Com partida da Escola Básica 2,3 Barbosa du Bocage, os docentes seguiram para a Escola Secundária du Bocage, passando ainda pela Escola Básica dos Arcos, a Escola Secundária Sebastião da Gama e a Escola Básica 2,3 de Aranguez.

No período da manhã, os professores estiveram concentrados à porta das respectivas escolas. Este foi o segundo dia no decorrer desta semana em que os docentes saíram à rua como forma de luta por melhores condições, depois do primeiro protesto ter sido realizado na passada segunda-feira junto aos Paços do Concelho.

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