30 Junho 2024, Domingo

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Henrique Soares: “Região cresceu 6% em volume e 12% em valor no ano de 2021”

Henrique Soares: “Região cresceu 6% em volume e 12% em valor no ano de 2021”

Henrique Soares: “Região cresceu 6% em volume e 12% em valor no ano de 2021”

Os vinhos da Península de Setúbal registaram aumentos de 6% em volume e 12% em valor durante 2021

 

As empresas vitivinícolas da Península de Setúbal cresceram “6% em volume e 12% em valor” durante o ano “francamente positivo” de 2021, numa trajectória de recuperação dos impactos económicos da pandemia de covid-19, anunciou Henrique Soares, presidente da Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal (CVRPS), no evento de atribuição de prémios do XXII Concurso de Vinhos da Península de Setúbal.

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“Podemos dizer com toda a segurança que 2021 foi um ano extremamente positivo, no qual a região cresceu 6% em volume e 12& em valor. Diria que se ficarmos, este ano, em linha com 2021 já será bom, mas nesta altura não consigo avançar com um balanço mais definitivo, porque os números estão muito próximos do acumulado até esta altura, no ano passado”, adiantou o presidente da CVRPS.

“O Verão ainda foi uma fase em que passámos relativamente incólumes, face ao fluxo turístico que voltámos a ter, [mas] este último trimestre temos alguma sensação de que as coisas estão a arrefecer. O ano ainda não está fechado, e este mês e meio que falta pode fazer diferença entre ser um ano positivo, de crescimento, manutenção ou ligeiro decréscimo”, acrescentou Henrique Soares aos jornalistas.

A época de Natal, propícia ao consumo, “é uma altura em que os produtores vendem mais” e dará ainda o seu contributo. Mas a verdade é que os produtores da região enfrentam vários desafios.

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“A conjuntura pós-pandemia já vinha dando sinais de que ia ser [difícil] e a guerra desabou sobre isso tudo, exponenciando os efeitos nas dificuldades logísticas, no aumento do preço das matérias-primas, e na inflação em 10%”.

“A inflação está a ser um problema e vai continuar a sê-lo, porque faz com que o cabaz de compras e os hábitos de consumo das pessoas mudem forçosamente. [Por isso,] temos alguma apreensão relativamente ao próximo ano, [mas] estamos confiantes de que a região vai conseguir mais uma vez contornar as dificuldades, porque acredito que as empresas estejam capitalizadas e com robustez”, perspectivou.

Subir preços e apostar no Brasil

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Henrique Soares afirmou que, a manter-se “o volume de comercialização em linha com a média dos últimos cinco anos”, o maior desafio para os produtores da Península de Setúbal é agora a questão do valor: “tentar acrescentar cêntimos ao preço médio, valorizar e vender melhor, procurar mercados que valorizem mais os vinhos”.

Isto depois do sucesso alcançado na moderna distribuição, onde subir preços é tarefa difícil. Em relação aos mercados de exportação, a Rússia e a Ucrânia parecem estar fora de jogo. Para compensar, “em linha com os vinhos portugueses, há mercados que têm evoluído muito bem”.

“É o caso do Brasil, do Reino Unido e dos mercados da União Europeia, que apesar de tudo acabam por ser mais difíceis, mais maduros, mais concorrentes e sensíveis ao preço”, contextualizou o presidente da comissão.

No seu discurso de abertura, Henrique Soares lembrou ainda o incêndio que afectou fortemente o Vale de Barris, em Palmela, no Verão, e que marcou “de forma trágica” a campanha das vindimas.

“Apesar das difíceis circunstâncias que envolveram a actual campanha, e a forma como decorreu o ano agrícola – extremamente seco –, o balanço possível aponta para um ano que deverá fechar também de forma positiva”.

Já Bernardo Gouveia, presidente do Instituto da Vinha e do Vinho, destacou o facto de a região ter “cerca de 4% da área de vinha – oito mil hectares – em relação ao total de área de vinha nacional” e certificar 85% dos vinhos que produz, “um esforço que não é de somenos importância porque não acontece em todas as regiões”, disse.

“O presente e o futuro do vinho é certificar vinhos com Denominação de Origem e Indicação Geográfica. Isto está relacionado com a qualidade da nossa oferta, com a nossa capacidade competitiva de exportar cada vez mais, e sobretudo com o factor de criação de valor, que é essencial”.

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