27 Julho 2024, Sábado

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A segurança é um desígnio de esquerda

A segurança é um desígnio de esquerda

A segurança é um desígnio de esquerda

16 Novembro 2022, Quarta-feira
André Pinotes Batista

O apropriamento ideológico indevido, por parte da direita, das matérias respeitantes às políticas de valorização da segurança interna e externa de uma Nação, configura um equívoco histórico que merece apontamento. O estafado discurso securitário – repetido à náusea pelos conservadores, neoliberais e populistas da contemporaneidade – confunde-se, não raras e propositadas vezes, com a inversão das bases do contrato social que a todos nos rege.

Sacrificar uma parte do livre-arbítrio de um indivíduo em nome da harmonia do todo constitui, em rigor, uma ideia muito mais coletivista do que aquilo que comumente se escuta no discurso mediático.

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Aliás, é nestes exatos termos que o Programa do XXIII Governo da Républica se sustenta ao pugnar que, num Estado de Direito, a sociedade será tão mais democrática, inclusiva e tolerante, quanto mais seguro se sentir cada um dos cidadãos que a constituem.
Considero aliás que, neste quadro, é indispensável observar as questões da segurança interna, em particular, nos seus múltiplos fatores e nas suas capilaridades. A título de exemplo, no plano local, um Concelho mais seguro será também mais eficaz a integrar fluxos migratórios; mais propenso a fixar e atrair investimento privado; mais ágil a revitalizar o seu edificado devoluto; mais capaz de fixar os seus segmentos jovens e a cuidar dos seus seniores e, não menos relevante, constituirá um território mais propenso à fruição e ao lazer dos seus cidadãos.

Neste contexto, as palavras do Ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, proferidas na cerimónia de inauguração da 5ª Esquadra da Polícia de Segurança Pública, no passado dia 10, em pleno “Barreiro Velho” adquirem particular relevo.
Em rigor, se há questão: Quanto vale cada euro investido em Segurança no desenvolvimento de um Município? – não se poderá nunca responde com um valor fácil exato, ninguém dúvida que o retorno destes investimentos é incomensurável e determinante.

No caso concreto do casco histórico do Barreiro, os 1.500.000 € aplicados pelo MAI neste novo equipamento – a par de um investimento camarário eminente de 5.500.000 € permitirão – muito para além das já de si importantíssimas ações de policiamento de proximidade – a regeneração urbana, o desenvolvimento de novos polos culturais, a revitalização do pequeno e médio comércio e, acima de tudo o mais, o aprofundar do orgulho local – assente na história e identidade desta Cidade, das suas Vilas e dos seus Sítios.

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Recentemente, numa deslocação oficial de trabalho, o diálogo e trabalho com os Senadores e Deputados da América Latina, permitiram-me medir a admiração que os meus pares nutrem nessas latitudes – até com uma ponta de justificável inveja – do estatuto que Portugal goza, enquanto um dos países mais seguros do Mundo.
Resta-nos continuar a trabalhar para preservar e melhorar o que já de si é notável. No Barreiro, no Distrito de Setúbal e em todo o País, a esquerda – e o Partido Socialista em particular – continuará de forma humanista a dizer presente.

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