26 Junho 2024, Quarta-feira

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Península sadina quer mais apoios ao investimento até aprovação das novas NUT

Península sadina quer mais apoios ao investimento até aprovação das novas NUT

Península sadina quer mais apoios ao investimento até aprovação das novas NUT

André Martins afirmou que a criação da NUT 2 é positiva e defendeu alternativas para garantir mais fundos comunitários

 

O presidente da Associação de Municípios da Região de Setúbal (AMRS) afirmou hoje que a criação da NUT 2 de Setúbal é positiva, mas ainda vai demorar, e defendeu alternativas para garantir mais fundos comunitários para a região até 2027.

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“Ainda não há nenhuma decisão relativamente à criação da NUT (Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos) da península de Setúbal. A informação que temos da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDRLVT) é que o Eurostat lançou o desafio para que Portugal continue a dar passos nesse sentido”, disse à agência Lusa André Martins.

O presidente da AMRS, que é também presidente da Câmara de Setúbal, lembrou, no entanto, que o processo terá ainda de ser apreciado e votado na Assembleia da República, e que depois terá de ser submetido à apreciação do Eurostat e da Comissão Europeia.

O Governo aprovou no início deste mês, em Conselho de Ministros, uma proposta de lei para a criação de duas novas Comunidades Intermunicipais (CIM), uma da Grande Lisboa e outra da Península de Setúbal, com o objetivo de resolver “algumas assimetrias territoriais”, mas que “não coloca em causa a manutenção da Área Metropolitana de Lisboa”.

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A iniciativa legislativa do Governo para alterar o modelo de organização administrativa do território, ao nível das entidades intermunicipais, insere-se no processo de revisão das NUT, para permitir maior acesso a fundos comunitários nos municípios que vão integrar as duas CIM, uma delas a futura CIM da Península de Setúbal.

Segundo André Martins, mesmo que a futura NUT 2 da Península de Setúbal seja viabilizada, a região só irá beneficiar de investimentos com maior comparticipação financeira da União Europeia a partir de 2027, pelo que defendeu a necessidade de o Governo encontrar soluções alternativas para promover o investimento.

“Consideramos que é necessário que o Governo encontre um caminho para alterar esta situação, para não estarmos à espera até 2027 ou 2030 de investimentos com maior comparticipação financeira da União Europeia”, disse André Martins, defendendo que a península de Setúbal precisa de um verdadeiro “Plano de Desenvolvimento Regional”.

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Segundo André Martins, esse plano “teria a vantagem de promover um desenvolvimento integrado e harmonioso, o que não acontece com investimentos avulso”.

“A península de Setúbal tem sido penalizada desde 2013, por não haver aqui investimento significativo”, sublinhou André Martins.

De acordo com o presidente da AMRS, a península de Setúbal, com um PIB per capita muito abaixo da média europeia, tem sido fortemente prejudicada no acesso a fundos comunitários por estar integrada na Área Metropolitana de Lisboa (AML), que, globalmente, tem um PIB per capita superior ao da média europeia.

A AMRS integra 11 concelhos do distrito de Setúbal: Alcácer do Sal, Almada, Alcochete, Barreiro, Palmela, Moita, Montijo, Santiago do Cacém, Seixal, Sesimbra, Setúbal. No entanto, Moita, Barreiro e Almada já aprovaram, em reuniões de câmara, a saída da associação.

Para a Associação da Indústria da Península de Setúbal (AISET), que também defende a necessidade de maior apoio comunitário ao investimento na região, estes são “desenvolvimentos legais positivos” que são “essenciais para que o processo de criação das NUTS se conclua rapidamente, sejam recolhidas as estatísticas regionais da NUTS III e definida a estratégia de especialização inteligente para a NUTS II, com o respectivo Programa Operacional e Orçamento a vigorar após 2027”.

“É fundamental desenhar rapidamente esta estratégia e conseguir, até 2027, canalizar fundos do PRR e do PT2030 para a península de Setúbal”, defende a AISET, que representa as maiores empresas do sector industrial da península de Setúbal.

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