Câmara Municipal do Montijo abdica de 700 mil euros. PS e PSD votaram a favor de descida de 0,36% para 0,34%. CDU absteve-se
No próximo ano, a taxa do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) no Montijo vai ficar a apenas quatro centésimas do valor mínimo. O executivo camarário decidiu, na última quarta-feira, reduzir de 0,36% para 0,34% a taxa para 2023, que agora só precisa de ser ratificada pela Assembleia Municipal para poder ser aplicada.
A proposta apresentada pela gestão camarária socialista, presidida por Nuno Canta, foi aprovada com os votos favoráveis de PS (três) e PSD (dois); a CDU optou pela abstenção (duas).
Com esta nova redução do imposto, o líder do executivo lembrou que deixa de entrar nos cofres da autarquia uma verba bem acima do meio milhão de euros. “Há um abaixamento significativo do IMI, no valor aproximado de 700 mil euros. Valor [esse] que fica do lado das famílias”, revelou Nuno Canta.
Apesar de o IMI, enquanto imposto directo, constituir-se como maior fonte de receita do município, o presidente da Câmara garante que a redução gradual da taxa a aplicar é para continuar, a exemplo do que tem sido feito nos anos anteriores.
“Vamos trilhando este caminho anual ou bienal sempre que pudermos, sem colocar em causa o equilíbrio financeiro da Câmara”, disse o socialista, ao mesmo tempo que classificou a medida como “um apoio muito importante para as famílias”, sobretudo num 2023 “que se prevê especialmente financeiramente difícil para todos”.
Além da diminuição da taxa, a autarquia decidiu ainda manter para o próximo ano o IMI Familiar, que permite um encaixe para agregados familiares com um (20€), dois (40€) ou três ou mais dependentes (70€).
A proposta aprovada pelo executivo camarário vai ser submetida a votação na Assembleia Municipal, que é composta por sete membros do PS, sete eleitos pela coligação PSD/CDS/Aliança, quatro da CDU, um do Chega, um do BE e um da IL, aos quais se juntam cinco presidentes de junta por inerência (quatro do PS e um da CDU).
