Clube inaugurou espaço frente ao edifício da histórica sede que se encontra devoluto, mas que é para recuperar
O Pinhalnovense volta a ter motivos para sorrir. Depois de um ano sem sede própria, o clube inaugurou no passado sábado aquela que será a sua casa nos próximos anos até que a antiga e histórica sede seja recuperada.
Após ter de cumprido a ordem de despejo colocada pelo proprietário das antigas instalações junto ao Campo Santos Jorge (a loja foi vendida pelo dono por motivos de ordem comercial) toda a actividade do clube, serviços administrativos incluídos, estava centrada no seu campo de jogos. E a situação até obrigou o clube a interromper o trabalho que vinha a desenvolver com as modalidades de ginásio.
Agora tudo muda, com a inauguração do novo espaço nas instalações da antiga Pluricoop (no espaço dedicado à parte administrativa) no lado sul de Pinhal Novo. A nova sede tem, na parte inferior, uma sala ampla que servirá para convívio entre sócios e simpatizantes. Na parte superior tem três salas para reuniões e serviços administrativos e ainda uma área para as actividades de ginásio. Com esta estrutura o clube já está a trabalhar para recuperar as modalidades que perdeu no espaço de um ano. A ginástica e as artes marciais.
Paulo Pinho, presidente do Clube Desportivo Pinhalnovense, salientou, na cerimónia de inauguração, a importância deste momento para o clube, porque vem “na altura certa”, pela mão da Câmara Municipal. Apesar de ser uma solução intermédia, até ter a sua sede social reconstruída, o dirigente considera o novo espaço digno, já que permitirá à direcção do clube continuar a desenvolver o seu trabalho “não só em prol do Pinhalnovense mas também de todos os pinhalnovenses”.
Álvaro Amaro, presidente da Câmara Municipal de Palmela, sublinhou que a prioridade para ocupar o espaço foi sempre dada ao Pinhalnovense. “Desde o início essa foi sempre a nossa intenção. Nesta área social não faltam candidatos, toda a gente quer vir para aqui mas para nós estava sempre em primeiro lugar o Pinhalnovense, porque temos um compromisso inalienável com o clube no sentido de arranjar sempre condições para o desenvolvimento das modalidades amadoras e, acima de tudo, pela sua dimensão social”.
Com esta sede, acrescentou, “os pinhalnovenses têm um espaço de identificação com o seu clube, um espaço que podem visitar e onde podem conviver e debater”. Em relação ao edifício devoluto da sede histórica do clube, o autarca quer ajudar a recuperar “muitas memórias”. Admite que a autarquia tem “o compromisso de reabilitar aquele edifício e devolvê-lo ao Pinhalnovense”. Mas esse, explicou, é um processo “muito complicado dada a condição em que se encontra o edifício”. “Não sabemos ainda se será possível recuperar a sua originalidade”, alertou. E a concluir revelou que a autarquia está nesta altura a analisar o que se pode fazer, mas qualquer tipo de obra nunca será possível de arrancar “antes do segundo semestre de 2023”. Revitalizar zona em termos económicos e sociais
Revitalizar zona em termos económicos e sociais
A nova sede do clube surge no âmbito de um contrato de comodato com o município de Palmela, celebrado no passado mês de Fevereiro. Seguiram-se as obras de adaptação do espaço, conferindo-lhe mais segurança e conforto.
Álvaro Amaro revelou que, além do Pinhalnovense, o edifício Coopinhal (propriedade da autarquia assim como o prédio da histórica sede social do clube) acolherá um conjunto de serviços municipais e um espaço- -memória do movimento cooperativo em Pinhal Novo e enquadrou a aquisição e recuperação dos dois edifícios numa estratégia mais ampla de requalificação urbana da zona sul, que continua a ter moradores e comércio, mas necessita de ser mais vivida e apropriada pela comunidade.
Concorrem, igualmente, para este objectivo a recente intervenção no Largo da Mitra, a criação prevista de um parque de estacionamento e corredor arbóreo na Rua D. João de Castro, a empreitada de repavimentação de vias em Pinhal Novo sul e a criação de um ninho associativo e centro de respostas sociais em conclusão, no Monte do Francisquinho, que se constituirá como uma nova centralidade na vila.
Pluricoop Municípios de Palmela e Montijo recuperam espaços devolutos de cooperativas
A Pluricoop nasceu da fusão de 31 pequenas cooperativas, entre as quais a União Pragalense, a COOTSET de Setúbal, a COOPINHAL de Pinhal Novo e a Coop B da Baixa da Banheira, tendo iniciado actividade económica dois anos depois. Em 2010 – um ano após vários investimentos na modernização de infra-estruturas e quando contava com 32 lojas e um registo de facturação global de cerca de 34 milhões de euros – entrou numa espiral de instabilidade financeira. De tal forma que, em Maio de 2011, iniciou-se o processo de insolvência da empresa, o que viria a culminar com o fecho de várias lojas.
No Pinhal Novo, a Câmara Municipal de Palmela encontrou solução para o edificado devoluto, para já com a cedência do espaço, requalificado, ao Pinhalnovense. No concelho vizinho do Montijo, os dois espaços da Pulricoop há anos desactivados também já têm futuro definido. Um, segundo o município montijense, será aproveitado para dar corpo a um novo centro de saúde (Bairro do Areias); o outro (edifício da antiga Trabatijo), adquirido pela autarquia em 2019, é para ser reconvertido num espaço cultural, anunciou então a edilidade montijense.