No meu primeiro artigo n’ O Setubalense escrevi sobre o ciclo político iniciado no nosso distrito com a eleição, para a Assembleia da República, do primeiro deputado (ou deputada, neste caso) da Iniciativa Liberal (IL), partido que, ao contrário dos outros, não coloca o Estado no centro das nossas vidas. Talvez este ciclo tenha começado nas autárquicas de 2021, quando a IL elegeu os seus primeiros deputados municipais – no Montijo e em Setúbal.
Retomo este tema, uma vez que o crescimento, a renovação e a consolidação da IL no distrito merecem relevância – novos Núcleos Territoriais (Palmela, para já) irão juntar-se aos seis já existentes (Alcochete, Almada, Barreiro, Montijo, Seixal e Setúbal); novas Coordenações eleitas nos núcleos mais antigos, outras a caminho da eleição; e diversas ações a acontecer.
A participação da IL-Setúbal na Feira de Sant’Iago constituiu um excelente momento para contactar as pessoas fora do ambiente de campanha e dar-lhes a conhecer o trabalho da IL e dos seus representantes. A IL-Almada retomou a sua Academia Liberal, desta vez falando de Habitação. A IL-Seixal realizou o seu primeiro evento “De São Bento à Baía”, onde estive presente enquanto deputada por Setúbal, e que também contou com a presença do Rodrigo Saraiva enquanto líder parlamentar. Outro evento, que demonstrou uma enorme capacidade de articulação, coordenado pela IL-Setúbal, com vários Núcleos da Área Metropolitana de Lisboa a debater o estado atual da Carris Metropolitana e a decidir quais as ações a desenvolver.
A IL expande-se e consolida uma forma de estar na política, assente no debate de ideias sobre os problemas que afetam todos e a sua resolução, numa perspetiva liberal. Porque, com a governação socialista do país e socialista/comunista dos municípios do nosso distrito, os problemas tendem a agravar-se. Na saúde, com o encerramento das urgências de obstetrícia do Hospital Garcia de Orta, do Centro Hospitalar Barreiro-Montijo ou do Hospital de São Bernardo. Nos transportes, a Carris Metropolitana soma críticas e a Transtejo vai parando vários dias. Na educação, alunos do ensino público iniciaram o ano letivo sem professores em várias disciplinas. Na economia, as indústrias são fustigadas pelos custos da energia, sem que o Governo reduza impostos ou taxas para lhes facilitar margem financeira. Está em causa a competitividade das empresas – muitas delas, grandes empregadoras do distrito – e o emprego de milhares de pessoas. Tudo isto apesar do aumento da receita fiscal do Estado, proporcionada por esse “imposto” que ao PS tudo resolve: a inflação.
A IL, também através dos seus Núcleos Territoriais, tem denunciado a política do Governo e apresenta alternativas – com o Estado a reduzir a sua intervenção e a devolver o poder de escolha aos cidadãos. E por que sei que cada vez mais pessoas irão interessar-se pela alternativa que defende a liberdade individual, a liberdade de escolha, a iniciativa privada e o capitalismo como único sistema económico capaz de gerar prosperidade, reafirmo: o Liberalismo veio para ficar, porque funciona e faz falta. A Setúbal e a Portugal.