Fiar regressa às ruas de Palmela com programação marcada pela novidade e pelo risco

Fiar regressa às ruas de Palmela com programação marcada pela novidade e pelo risco

Fiar regressa às ruas de Palmela com programação marcada pela novidade e pelo risco

Edição deste ano, que “de manhã à noite preenche a cartografia da vila de artes, entusiasmo, ideias e novos sentidos”, arranca esta sexta-feira, 22, e decorre até domingo, 24

 

De volta à sua comunidade, durante os próximos dias 22, 23 e 24, o Fiar une “as palavras, os gestos e os sons de cada espectáculo” à “inquietação que trazemos de transformar o nosso quotidiano”.

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A edição deste ano é, nas palavras de Alexandre Nobre, da direcção do Fiar – Festival Internacional de Artes de Rua de Palmela, “um regresso. Damos habitualmente um título ao Fiar e este ano é o encontro. A palavra festival está a gastar muito a essência das coisas e por isso decidimos chamar-lhe assim. Vai ser sobretudo um encontro das artes performativas”.

Sendo um evento de artes de rua, “voltamos essencialmente à rua. Na programação, é praticamente tudo novo, entre estreias, criações recentes, de vários criadores, e algumas co-produções. Estamos como sempre na novidade e no risco. A nossa programação é normalmente marcada pelo risco estético”, refere.

A aposta em criações “que de certa forma rompem com aquilo que estamos habituados a ver” é igualmente uma marca do encontro Fiar, que nesta sua 22.ª edição conta com uma “grande componente de teatro” e homenageia Dolores de Matos, a Lola, continuando a seguir a sua missão neste grande encontro onde “A rua é o palco”.

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Nas palavras de Alexandre Nobre, “procuramos dar ao público espectáculos, que normalmente podem ver em sala, implementados em espaços públicos, o espectáculo na sua essência, independentemente do espaço ou do contexto. Gostamos de levar as pessoas da vila com os nossos visitantes a encontrar a vila com os espectáculos que poderiam ver em sala”.

Espaço dedicado a crianças entre as novidades

No que diz respeito à programação, “o encontro vale pelo todo” e tem a sua sessão de abertura no dia 22, pelas 17h00, no Pátio da Adega Casa da Atalaia. No mesmo sítio, às 18h30, inaugura a exposição “Corpo Lúteo”, de Ana Telhado, com curadoria de João Silvério. Pelas 20h30, há “Peça para intervalos”, de Bruno Humberto e Rui de Almeida Paiva, e às 22h30 o Teatro Estúdio Fontenova apresenta a produção “A Paz Perpétua”, com texto de Juan Mayorga, no Largo São João Baptista.

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No sábado, o espectáculo-oficina “A grande viagem do pequeno Mi”, com Madalena Victorino, Ana Raquel e Beatriz Marques Dias, decorre às 11h00 e às 16h00, entre a Escola Básica Joaquim José de Carvalho e o Largo São João Baptista, e “As mãos das águias”, de O Plano/Galateia, numa co-produção onde o Fiar se insere, apresentam-se no Jardim da Biblioteca Municipal de Palmela às 11h00 e às 17h30. “Trans(h)umância”, teatro e performance da Companhia Kopinxag, começa no Largo 5 de Outubro e termina no Largo de São João. Às 18h00, Útero vem “Dançar na rua” no Largo Marquês de Pombal e uma hora depois Dora Sales e o Grupo Cru trazem“Primeiro ensaio” ao Largo 5 de Outubro. Pelas 22h00, o Cineteatro São João recebe “Hamlet, L’Ange du Bizarre” também com assinatura Útero.

No domingo, as “Marionetas musicais e de circo” de Rui Sousa animam o Parque Venâncio Ribeiro da Costa às 11h00 e às 16h00. Às 14h00, Miguel Jesus dinamiza “O Plano”, no mesmo local. Das 15h00 às 17h00, em sessões contínuas de 15 minutos, Um Colectivo apresenta “Toca”, no Moinho, sede Fiar, no Parque Venâncio da Costa.

Às 17h00, Leonor Keil, numa produção executiva Fiar, apresenta “Ariadne, fiando e confiando”, no Parque Venâncio Ribeiro da Costa, e o evento musical “Casamento dos corvos”, com ficha artística de Jorge Salgueiro e Milla Francos, tem início pelas 18h30 no Largo do Duque de Palmela.

A peça de teatro “Condomínio”, da Propositário Azul, com dramaturgia, encenação e também interpretação de Nuno Nunes, traz a comunidade a palco na Urbanização Nova Palmela – Praceta Lúcio Borges da Costa às 21h00, antes do encerramento do encontro de 2022, às 22h30, com “Twist Connection”, concerto que simultaneamente marca o início das comemorações dos 70 anos do Cineteatro São João.

Entre as novidades deste ano está ainda a oficina “Mini Fiar”, com programação para a infância, a decorrer durante os três dias, entre as 11h00 e as 19h00, no Espaço Moju e nas ruas de Palmela. “Para pessoas que tenham crianças, entre os seis e os 12 anos, e queiram assistir a espectáculos mais conceptuais ou com classificações etárias não aconselháveis aos mais pequenos, temos um espaço para os mais pequeninos, com orientação artística e pedagógica de Paula Moita”, explica Alexandre Nobre. “O Fiar também se faz com e para as crianças e durante os três dias terão assim a oportunidade de acompanhar os espectáculos, conversar com os artistas e desenvolver oficinas de artes plásticas”, remata.

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