27 Junho 2024, Quinta-feira

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“Nuvem de pó” na baixa sadina causa indignação e onda de revolta a comerciantes e moradores

“Nuvem de pó” na baixa sadina causa indignação e onda de revolta a comerciantes e moradores

“Nuvem de pó” na baixa sadina causa indignação e onda de revolta a comerciantes e moradores

Câmara Municipal garante que “não existe nenhum problema de segurança” no processo de demolição do antigo edifício da Artiflash

 

O antigo edifício da Artiflash, situado na Rua da Alfândega Velha, está a ser demolido depois de décadas fecha[1]do. A obra, a decorrer há vários dias, tem indignado os comerciantes das lojas em frente, assim como alguns moradores, devido à falta de “protecção adequada”, o que tem originado “nuvens de pó”, prejudicando os estabelecimentos que se encontram nas proximidades.

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Mahabub Ali, dono de dois restaurantes situados em frente ao edifício, queixou-se da falta de fiscalização por parte da Câmara Municipal de Setúbal e do impacto que a intervenção tem tido no negócio. “Estamos a perder clientes porque as pessoas não conseguem comer na esplanada. Sei que eles têm autorização para realizar a obra, mas isto não pode afectar o meu negócio”, confessou o proprietário a O SETUBALENSE. “Falei com a Câmara Municipal e disseram-me que a fiscalização vinha até aqui, mas ainda não vimos ninguém. Eles continuam a partir isto e o resultado está à vista. Tenho de pagar a pessoas extra para estarem constantemente a limpar a esplanada”, referiu.

O proprietário do restaurante queixou-se também da falta de protecção em torno da construção, que pode vir a causar danos. “As protecções que puseram à volta não tapam nada. Além dos detritos que podem cair e até causar danos, o pó torna impensável ter a esplanada aberta. Até para dentro do restaurante entrou pó. Isto não tem jeito nenhum”.

Já uma funcionária da loja Ana Sousa, também situada na rua onde estão a acontecer as obras, afirmou a O SETUBALENSE que há dias em que é impossível estar dentro do estabelecimento. “Ontem tivemos de fechar a porta e andar de máscara. Entrou uma nuvem de pó e sujou todo o espaço. A roupa e as bancadas ficaram cheias de pó. Fomos completamente impedidos de trabalhar. O pó era muito intenso, era tanto que nem conseguíamos respirar”, disse.

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Além das condicionantes relativas à sujidade, têm existido ainda algumas contrariedades devido ao trânsito ter sido cortado, com os carros a serem obrigados a passar por cima do passeio. Há relatos de pessoas que estiveram perto de ser atropeladas, ao saírem dos estabelecimentos comerciais, uma vez que os veículos passam muito perto das lojas.

Contactada por O SETUBALENSE, a Câmara Municipal de Setúbal garantiu que tudo se encontra dentro dos parâmetros da lei. “Trata-se de uma obra devidamente licenciada. A fiscalização já foi e verificaram que não existe nenhum problema de segurança”. Relativamente ao pó que se faz sentir no ar, o município garantiu que o empreiteiro da construção tem molhado “de forma constante” para evitar que se propaguem poeiras na rua.

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