Álvaro Amaro diz que a operadora vai agora cumprir os percursos que ainda não estão a ser efectuados
A operadora Alsa Todi vai ampliar o serviço rodoviário da Carris Metropolitana nos concelhos de Palmela, Setúbal, Alcochete, Moita e Montijo já a partir da próxima sexta-feira.
A transportadora prepara-se para aumentar a capacidade de resposta na Área 4 – que engloba estes cinco concelhos –, um mês depois do arranque da operação, marcado por vários constrangimentos e enorme contestação da parte de utentes e dos próprios municípios, que financiam o novo desenho da rede de transportes públicos rodoviários na Área Metropolitana de Lisboa (AML).
“[A operadora] Vai cumprir com os novos circuitos que, actualmente, ainda não começaram [a ser executados]”, disse ontem Álvaro Balseiro Amaro, presidente da Câmara Municipal de Palmela, a O SETUBALENSE. O autarca explicava assim em que medida será aumentada a resposta do transporte público rodoviário de passageiros, na sequência de uma informação avançada pelo município.
De acordo com a autarquia, “o nível de serviço actualmente prestado ainda é inferior ao definido contratualmente na Carris Metropolitana”. No entanto, esclareceu a edilidade na mesma nota, “a frota de autocarros novos, os horários, as frequências e linhas em funcionamento no lote 4 já são superiores ao praticado antes de 1 de Junho, com níveis de procura acima do anteriormente verificado em alguns eixos intermunicipais”.
Ao mesmo tempo, o município de Palmela realça pela positiva o trabalho desenvolvido pela empresa Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML), constituída para coordenar a nova rede de transportes na AML. “A TML, em estreita articulação com as câmaras municipais, tem desenvolvido todos os esforços para que este processo decorra com o menor número possível de perturbações junto das populações e para que a operação da Carris Metropolitana se concretize através da prestação de um serviço de qualidade na AML.”
O início da operação neste lote 4 – pioneiro do serviço na AML – acabou por ficar marcado por um conjunto de problemas, como incumprimentos de horários e rotas definidas, falta de informação, falta de motoristas e motoristas a recusarem realizar serviços por falta de condições e formação, entre outros, o que levou a que fosse dado um passo atrás no serviço, com a operadora Alsa Todi a ter de assegurar, pelo menos, os horários que eram praticados antes da implementação da nova rede da Carris Metropolitana. A colocação de postaletes foi outro dos compromissos que a empresa transportadora assumiu cumprir até final deste mês. O pleno funcionamento do serviço foi apontado para final de Agosto próximo.