Partido questiona o que tem sido feito para evitar esgotos a céu aberto
A comissão concelhia do Bloco de Esquerda da Moita reafirma ser “urgente”, continuar a “defender e preservar” a zona ribeirinha do concelho, questionando o que tem sido feito para impedir que continuem a correr esgotos a céu aberto nalguns pontos do território e sobre o desassoreamento do rio Tejo de modo “a torná-lo mais navegável para as embarcações tradicionais”.
“Torna-se cada vez mais pertinente a existência de cais de atracagem das embarcações tradicionais, que permitam uma ligação mais regular entre as duas margens”, defendem em posição tornada pública, interrogando-se os bloquistas ainda sobre o destino a dar ao antigo cais de desmantelamento de barcos de Alhos Vedros.
“Sabendo-se que é uma estrutura existente numa zona importante da nossa frente ribeirinha, é cada vez mais pertinente uma definição da utilização deste espaço, garantindo-se os equilíbrios ambientais exigidos, em virtude de estarmos em presença de uma zona húmida do estuário, de grande biodiversidade”, destacam.
A concelhia bloquista lembra que a proposta que apresentou “para a construção de passadiços, que permitam uma deslocação e observação, por parte dos munícipes, pela paisagem do estuário do Tejo, conhecendo melhor a fauna e a flora características destas zonas, continua por concretizar”, sublinham. Refira-se que o dossier sobre as alterações climáticas e a defesa do ambiente, continuará a ser uma das prioridades para o Bloco de Esquerda local.
Preservação das zonas de sapal no território
Os membros do partido recordam que pretendem continuar a lutar “pela preservação das zonas de sapal” na Moita, defendendo um rio “com mais vida, contra todas as agressões de impacto ambiental”. Lembram ainda que o território possui vinte quilómetros de frente ribeirinha e que “é ao longo de toda esta costa que se localizam as zonas de sapal, designadas também por zonas húmidas, que se caracterizam pela sua biodiversidade”, constituindo “o habitat de uma grande diversidade de espécies” e “um pólo de renovação da vida do nosso estuário”.
Os membros do partido recordam que é neste espaço que “nidificam muitas das espécies que repovoam o nosso Tejo, restituindo mais vida ao nosso rio, equiparando-se a autênticas ‘maternidades’ do estuário” e que devido às alterações climáticas, os especialistas nesta matéria prevêem que estas áreas “possam vir a desaparecer, devido à subida das águas”, o que poderá ocorrer “dentro de algumas décadas”, alertam.