As doenças respiratórias mataram cerca de 36 pessoas por dia em 2021, sendo que 90% das mesmas se devem ao consumo de tabaco
A Junta de Freguesia de São Sebastião, em Setúbal, proporciona entre até sexta-feira, 3 de Junho, das 09h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30, rastreios espirométricos, um tipo de exame que não é comum realizar-se nas consultas de rotina.
Estes decorrem da mais recente campanha de rastreios, que se procedem a nível nacional, através da iniciativa lançada pela Fundação Portuguesa do Pulmão à Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC).
A Grande Marcha da DPOC tem como público-alvo fumadores e ex-fumadores com uma carga tabágica de 10 unidades maço por ano, o que representa fumar um maço de tabaco por dia, durante dez anos. O rastreio tem também em atenção pessoas que apresentem, ou não, sintomas de dificuldade respiratória, tosse, falta de ar – especialmente durante as actividades físicas -, chiadeira no peito, aperto no peito e tose crónica produtiva, e que não tenham diagnóstico de doença.
Segundo cita o professor José Alves, presidente da Fundação Portuguesa do Pulmão, com base em relatório deste organismo, “em 2018 as doenças respiratórias foram responsáveis por 13 305 (11,7%) óbitos em Portugal, onde a DPOC representou 2,5% da mortalidade no País, representando um aumento de 7,9% face a 2017”.
Salienta ainda, que “as doenças respiratórias mataram cerca de 36 pessoas por dia em 2021, sendo que 90% das mesmas se devem ao consumo de tabaco”.
A espirometria é um exame não invasivo que permite avaliar o funcionamento dos pulmões e dos brônquios e a sua realização demora cerca de dez minutos. Os resultados das espirometrias realizadas serão enviados para a Clínica do Pulmão onde serão analisados por médicos pneumologistas.
No caso de diagnóstico de DPOC, os doentes poderão agendar uma consulta gratuita na Clínica do Pulmão.
“Diagnosticar a DPOC de forma precoce permite que se inicie um tratamento adequado, evitando a progressão natural da doença. A Fundação Portuguesa do Pulmão sente o dever de trabalhar a este nível para alterar a epidemiologia da DPOC, alterando a mortalidade e morbilidade inerentes”, alerta o presidente da Fundação Portuguesa do Pulmão.