28 Junho 2024, Sexta-feira

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Ministra abre Feira do Porco e promete dar a mão ao sector [actualizada]

Ministra abre Feira do Porco e promete dar a mão ao sector [actualizada]

Ministra abre Feira do Porco e promete dar a mão ao sector [actualizada]

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A governante ouviu apelos de apoio do presidente da federação de suinicultores e prometeu medidas imediatas e para o futuro

 

Com pontualidade inglesa e sorriso aberto. Foi assim que Maria do Céu Antunes, ministra da Agricultura e da Alimentação, “apadrinhou” ontem a abertura da 25.ª edição da Feira Nacional do Porco. Às 14 horas já a governante estava no Parque de Exposições Acácio Dores, no Montijo, para cumprir o ritual de inauguração do certame, que decorre até amanhã.

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Ladeada por David Neves, presidente da Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores (FPAS), e Nuno Canta, presidente da Câmara do Montijo, a ministra tentou até acariciar alguns leitões, antes de rumar em comitiva ao interior dos pavilhões. Visitou as cerca de três centenas de expositores, distribuiu cumprimentos e dois dedos de conversa, posou para as fotos da praxe, provou alguns dos produtos e fez um “fixe” em sinal de aprovação – até porque, o que é nacional… é bom. E de sorriso aberto lá foi soltando à medida que avançava: “Boa tarde, boa feira”.

Concluída a ronda pelos dois pavilhões, vieram os discursos precedidos por um apontamento musical, executado numa trompa de caça por João Gaspar, professor do Conservatório Regional de Artes do Montijo.

Perante um plateia composta por deputados parlamentares, autarcas, representantes de organismos regionais e nacionais, entre outros, David Neves não enjeitou a oportunidade de vincar à ministra a crise que o sector atravessa e a necessidade de apoios imediatos do Governo. O sector, disse o responsável pela FPAS, “precisa de respostas urgentes”, de “medidas excepcionais para circunstâncias excepcionais”. Precisa de “uma urgente reforma estrutural” ao nível do licenciamento da sua actividade, apelou à governante, para reforçar de seguida: “O sector não pode esperar mais quatro anos. É necessário agir, fazer, dotar as empresas dos instrumentos legislativos que permitam acompanhar a evolução da actividade. Licenciar não pode ser um calvário. É preciso ultrapassar impasses com a tutela do Ministério do Ambiente.” E lembrou que a fileira, no agregado de actividades, “contribui com mais de 2 mil milhões de euros anuais para o PIB português”.

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Independência alimentar e medidas a caminho

Maria do Céu Antunes viria a responder mais à frente. De permeio, Nuno Canta acentuou a importância de se poder contar com um sector que “garanta a independência alimentar” na região e no País. “A agricultura e a suinicultura têm de ser uma prioridade. É preciso mobilizar todos (…) para garantir a nossa independência alimentar”, sublinhou.

A observação do autarca foi subscrita pela ministra, que admitiu haver “trabalho a fazer” quando se olha para os escassos montantes utilizados no sector entre 2014-2021 neste território, onde não só a suinicultura mas também a produção de flores assume grande expressão. “Foram apoiados 117 projectos de investimento com cerca de 10,5 milhões de euros”, lembrou.

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A governante apontou depois algumas medidas lançadas – como o Observatório de Preços – ou em preparação e anunciou: “Hoje [ontem] posso garantir que temos autorização para uso de 51,5 milhões de euros (…) no desenvolvimento rural.” Tratada está já a disponibilização “pela primeira vez” de uma verba de 500 milhões de euros “para poder antecipar pagamentos” que os produtores só iriam receber “parte em Outubro e outra parte em Dezembro”.

O futuro, frisou Maria do Céu Antunes, passa “por trabalhar a produção extensiva e a intensiva”. E quanto aos licenciamentos da actividade no sector revelou que estão já a ser constituídos grupos de trabalho para se avançar nas diversas dimensões desta vertente.

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