No concerto, Diogo Oliveira, acompanhado ao piano por João Malha, apresentou um programa em torno de diversas línguas
O Ateliê de Ópera de Setúbal e o barítono Diogo Oliveira, “considerado uma das melhores vozes líricas da actualidade”, esgotaram no passado domingo a Igreja do Convento de Jesus, no qual proporcionaram aos presentes um recital voltado para a multiculturalidade.
No concerto, o 12.º realizado no âmbito da iniciativa Convento ConVida, Diogo Oliveira, que esteve acompanhado ao piano por João Malha, apresentou um programa em torno de diversas línguas, passando pelo italiano, inglês, alemão e castelhano.
Neste último momento, o barítono chamou Martín Sued, bandoneonista argentino radicado em Portugal, a palco. Na sua actuação, Diogo Oliveira “mostrou o seu virtuosismo vocal, ilustrando com cores vibrantes, na presença e na dinâmica vocal, o carácter do histriónico burlão vendedor do elixir milagroso”.
“À versatilidade linguística, de dicção perfeita, juntou-se a versatilidade”, sendo que no fim do concerto os presentes tiveram a oportunidade de ouvir a língua francesa. Respondendo à vibrante aclamação do público, Diogo Oliveira e João Malha voltaram a subir a palco para dois momentos extra, sempre aplaudidos de pé por um público vibrante e conhecedor.
Para Jorge Salgueiro, director artístico da Associação Setúbal Voz, foi “um privilégio para a associação poder contar com cantores como Diogo Oliveira entre os professores do Ateliê Setúbal Voz e os membros da Companhia de Ópera de Setúbal”.
“Faremos tudo o que está ao nosso alcance para lhe dar o reconhecimento merecido pelo seu talento e pela sua dedicação a uma arte que é fruto, não apenas do talento, mas de um trabalho de anos de estudo em torno de uma das invenções mais belas da Humanidade: a voz lírica”, sublinhou, a concluir.