Aumentos salariais e redução do horário de trabalho para 35 horas por semana são principais reivindicações
O desfile do 1.º de Maio promovido pela União de Sindicatos de Setúbal (CGTP) juntou esta tarde várias centenas de pessoas de diversas empresas e entidades da região, além de autarcas dos municípios e freguesias da região.
Entre os autarcas presentes, estiveram os presidentes da Câmara de Setúbal, André Martins, e da Junta de Freguesia de São Sebastião, Nuno Costa.
A manifestação começou pouco depois da 3h da tarde na Praça do Brasil e percorreu várias ruas da cidade, até à zona do coreto, na Avenida Luisa Todi, onde tiveram lugar as intervenções.
O coordenador da União de Sindicatos afirmou que o Orçamento de Estado que está em processo de aprovação na Assembleia da República não serve os trabalhadores. “O custo de vida aumenta e o Governo não age para travar os que especulam e ainda quer ir ao bolso de quem trabalha não permitindo a valorização dos salários”, disse Luís Leitão.
O sindicalista apontou o exemplo da The Navigator Company. “É inaceitável que a Navigator queira aumentar os trabalhadores apenas 0,9% no ano em que teve mais de 300 milhões de euros de lucros”, atirou.
Luís Leitão recusa o argumento de que os salários não podem ser aumentados por causa da inflação. “Não é para conter a inflação dos preços que o Governo recusa o aumento dos salários”, defendeu.
Uma das palavras de ordem do desfile foi “não há guerra, sim à paz”, com o sindicalista a manifestar, no final, “solidariedade com os povos da Ucrânia, Palestina, Síria, Iraque, Afeganistão e Venezuela”, entre outros.