27 Junho 2024, Quinta-feira

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Conferência da Universidade Sénior de Setúbal desvenda origens e percurso da comunidade “Os Pretos do Sado”

Conferência da Universidade Sénior de Setúbal desvenda origens e percurso da comunidade “Os Pretos do Sado”

Conferência da Universidade Sénior de Setúbal desvenda origens e percurso da comunidade “Os Pretos do Sado”

Professora universitária Isabel Castro Henriques dá a conhecer investigação sobre uma população da qual pouco ainda se sabe

 

A Universidade Sénior de Setúbal promove hoje, 21 de Março, pelas 14h30, na inauguração da “II Série do Ciclo de Conferências Uniseti Convida”, um debate sobre “Os Pretos do Sado”. Uma temática que “muitos setubalenses já ouviram falar mas sobre a qual há escassos dados científicos”, comenta Arlindo Mota, presidente e professor da Uniseti.

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Em plataforma Zoom, a oradora e professora universitária Isabel Castro Henriques, especialista em assuntos africanos e autora do livro “Os pretos do Sado”, vai abordar, a partir de várias fontes, o fenómeno que “já nos finais do século XIX, o ilustrador José Leite de Vasconcelos registava, isto é: a presença de uma comunidade de origem africana instalada na região alentejana do Vale do rio Sado”, menciona nota de Imprensa da Uniseti.

Esta linhagem de pessoas, também referidas como “Carapinhas do Sado”, “Atravessadiços”, ou “Mulatos do Sado”, que “não mereceu muito interesse de estudo por parte da comunidade científica”, veio a ser estudada por Isabel Castro Henriques que “pretende dar a conhecer a história de homens e mulheres oriundos do continente africano, trazidos como escravos e que foram instalados durante séculos no território do Vale do Sado, provavelmente a partir de finais do século XV”.

Entretanto, através dos tempos, esta população “estendeu-se nos séculos seguintes”. Na conferência de hoje vai ser focada a procura nas dinâmicas económicas, sociais e políticas da História de Portugal para compreender a presença destas pessoas ligadas à cultura extensiva de produções como o arroz, “a partir do XVIII e a sua consolidação como comunidade estabelecida, afirmando uma identidade alentejana e portuguesa, que exclui actualmente quaisquer marcas culturais significativas de um passado africano”.

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