1 Julho 2024, Segunda-feira

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Sobe o custo de vida, desce o poder de compra

Sobe o custo de vida, desce o poder de compra

Sobe o custo de vida, desce o poder de compra

, Deputada do PCP
2 Março 2022, Quarta-feira
Paula Santos

Todos os dias nos confrontamos com o aumento dos preços na alimentação, na energia, na habitação, nas comunicações, nos seguros, nas portagens, entre muitos outros. O custo de vida aumenta, só os salários e as pensões não aumentam. Os salários e as pensões são cada vez mais curtos face às despesas e não chegam até ao final do mês.

Esta é a realidade de milhares e milhares de trabalhadores e suas famílias, de reformados, pensionistas e idosos. Apesar de trabalharem e de terem um salário, mais de 800 mil trabalhadores não conseguem sair da situação de pobreza.

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Ao mesmo tempo que os trabalhadores e os idosos vivem com mais dificuldades, um conjunto de empresas obtém chorudos lucros.

Só nos primeiros nove meses de 2021 o Grupo SONAE teve mais 187 milhões de euros de lucro, a Jerónimo Martins mais 324 milhões de euros, a EDP mais 510 milhões de euros, a GALP mais 327 milhões de euros, e a Altice Portugal teve mais 550,7 milhões de euros de lucro, a NOS mais 30,5 milhões de euros e os principais bancos mais de 1000 milhões de euros de lucro.

Em 2021, a Navigator aumentou os lucros em 57% em comparação com o ano anterior. Lucros obtidos à custa do trabalho dos trabalhadores.

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Enquanto as condições de vida do povo se agravavam durante a epidemia, os grupos económicos e das empresas multinacionais distribuíram pelos seus accionistas mais de 7 milhões de euros em dividendos. Cai por terra a constante propaganda de que não há condições para aumentar os salários.

Quem cria a riqueza não são as empresas, são os trabalhadores com o seu trabalho que criam a riqueza, no entanto são quem fica com a menor parte dessa riqueza. Cada vez mais a riqueza criada fica concentrada nas mãos de uns poucos, aumentando o fosso entre os poucos que muito têm e os muitos que pouco têm.

A distribuição da riqueza é extremamente injusta. Não podemos aceitar este caminho.

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O combate à pobreza, às injustiças, às desigualdades e à exclusão exige que se enfrente os interesses dos grupos económicos, que se concretize uma justa redistribuição da riqueza, que se valorize salários e pensões e que se regule os preços, para travar os sucessivos aumentos de preços da energia e que levam ao aumento de preços de bens essenciais, mas também das telecomunicações, dos serviços bancários e das rendas de casa.

É urgente o aumento geral dos salários, a recuperação do poder de compra dos reformados, a redução do IVA de 13% para 6% no gás e de 23% para 6% na electricidade, bem como a regulação e fixação de preços, para quebrar os chorudos lucros das grandes empresas.

Esta situação deixa claro como a política de direita não dá resposta aos problemas que nos afectam e que a solução passa por uma política alternativa, patriótica e de esquerda. Os trabalhadores e as populações não necessitam de proclamações, mas sim de soluções concretas para travar o aumento do custo de vida, e para a elevação dos salários e rendimentos, como o PCP propõe.

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