1 Julho 2024, Segunda-feira

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Porto de Setúbal alia-se à Ocean Alive para remoção de cabo que prejudicava pradaria marinha

Porto de Setúbal alia-se à Ocean Alive para remoção de cabo que prejudicava pradaria marinha

Porto de Setúbal alia-se à Ocean Alive para remoção de cabo que prejudicava pradaria marinha

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Acção decorreu em três fases, com objectivo de garantir o bem-estar dos cavalos-marinhos existentes na zona

 

A Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS) aliou-se à Ocean Alive para uma ‘missão de salvamento’ de uma pradaria marinha, situada na zona de Soltróia, que estava a ser prejudicada por um cabo submerso com cerca de 200 metros.

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A acção foi realizada na manhã da passada quarta-feira, em conjunto com a Reserva Natural do Estuário do Sado (RNES) e a Capitania do Porto de Setúbal, com recurso a mergulhadores profissionais e biólogos marinhos, que procederam à remoção do cabo que servia de base à ancoragem de embarcações.

Em comunicado, a administração portuária explica que o cabo, “instalado há vários anos, acabou por entrar em contacto com uma pradaria marinha em fase de desenvolvimento, o que levou à sua remoção”.

Já a Ocean Alive explica que a remoção resultou “de um compromisso das entidades locais, a APSS e o Clube Naval Setubalense, em prescindir de parte do rendimento do ancoradouro em prol da biodiversidade”.

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A intervenção da cooperativa focada na preservação das pradarias marinhas do Estuário do Sado contribuiu para a sua eliminação, ao “produzir evidência científica em como o cabo estava a degradar uma pradaria relíquia, a pradaria de Cymodocea nodosa”, lê-se em nota de Imprensa.

A acção decorreu em três fases de mergulho, sendo que a primeira serviu para “remover cavalos-marinhos do cabo e proceder à sua contagem, devido à fragilidade destas espécies e por constituírem uma bandeira da biodiversidade das pradarias marinhas, bem como remover outros seres marinhos de maiores dimensões”.

Na segunda etapa, por sua vez, foi “retirado o cabo para terra e, finalmente, a terceira centrou-se na devolução dos cavalos-marinhos ao seu meio, colocando-os na pradaria de onde foram retirados”.

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A operação contou igualmente com a colaboração “dos centros de investigação do CCMAR – Centro de Ciências do Mar na Universidade do Algarve, do ISPA – Instituto Superior de Psicologia Aplicada e do MARE da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, de entidades, empresas e utilizadores locais”.

De acordo com a Ocean Alive, “a cada hora que passa desaparecem dois campos de futebol de pradarias marinhas, em que cabos, âncoras e poitas de embarcações estão entre as causas que as destroem”.

Por este motivo, considera Raquel Gaspar, bióloga marinha e co-fundadora da Ocean Alive, que “este foi um compromisso exemplar, um passo decisivo para o restauro da pradaria, que terá a oportunidade de recuperar sem o cabo”.

“O restauro activo da pradaria começa já no mês de Março, com o apoio da Associação Viridia, um projecto da cooperativa em parceria com o CCMAR”.

Enquanto isso, a APSS garante que “a qualificação de infra-estruturas de atracagem temporária no Estuário do Sado, bem como a sua integração com a envolvente natural, corresponde a um dos seus esforços”.

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