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Responsabilidade absoluta

Responsabilidade absoluta

Responsabilidade absoluta

3 Fevereiro 2022, Quinta-feira
Ivan Costa Gonçalves

No passado mês de outubro todos assistimos, com estupefação, ao chumbo do Orçamento do Estado para 2022 apresentado pelo Governo do Partido Socialista.
Sem razão aparente, o país mergulhou numa crise política que ameaçava bloquear ou, pelo menos, condicionar a recuperação económica, tão importante num momento em que a crise pandémica parece estar a caminhar para o fim.
No passado domingo, contudo, os portugueses, exercendo o poder do voto, desbloquearam este impasse, mobilizando-se e dando ao Partido Socialista uma vitória expressiva que se traduz numa maioria absoluta que marcará os próximos anos.
Os portugueses rejeitaram um Governo da Direita, cujo potencial programa oscilava entre o “logo se vê” do PSD, a insustentável descida dos impostos do que possuem maiores rendimentos, proposta pela Iniciativa Liberal, e as ideias neofascistas, racistas e xenófobas de um partido populista, do qual o país ficaria, com grande probabilidade, refém.
Derrotada saiu também a instabilidade, a ingovernabilidade e a possível entrada numa sucessão de miniciclos que condicionariam o trabalho do poder executivo.
Ficou também evidente que o Partido Comunista Português e o Bloco de Esquerda erraram em ter posto fim à “Geringonça” e foram penalizados por isso.
No entanto, desta evidencia não se deve concluir que as pontes criadas em 2015 tenham sido queimadas. Este resultado eleitoral pode inclusivamente demonstrar, a estes partidos, que o eleitorado os penaliza por quererem regressar à simples lógica de protesto, ao invés de quererem contribuir para soluções de Governo do país. É, com certeza, um exercício de maior complexidade e que comporta o risco das escolhas inerente à definição de prioridades na governação, mas é desta forma que se procuram soluções para melhorar a vida dos portugueses.
Foi isso que foi conseguido ao longo de 6 anos e o sinal dado pelos portugueses é que querem prosseguir esse caminho, com o PS, o único Partido que não desertou desta solução governativa.
Os portugueses revalidaram, assim, a sua confiança no Partido Socialista e em António Costa para liderar o país e executar o seu Programa de Governo, que obtiveram uma vitória histórica em todos os sentidos.
Também no distrito de Setúbal e no meu concelho, Almada, o PS teve o melhor resultado de sempre em eleições legislativas.
À confiança em si depositada pelos portugueses, o Partido Socialista terá que responder com uma responsabilidade absoluta. Para continuar a avançar, para recuperar o país dos efeitos da maior crise de saúde pública dos últimos cem anos, para fazer as transformações necessárias que nos coloquem no patamar de desenvolvimento social e económico ao nível dos países mais desenvolvidos da Europa e do Mundo e para demonstrar que os erros cometidos em maiorias absolutas anteriores não são inevitáveis.

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