23 Julho 2024, Terça-feira

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Todos os dias contigo!

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26 Janeiro 2022, Quarta-feira
José Luís Ferreira

Neste período que antecede as eleições legislativas, importa por um lado, contribuir para esclarecer os motivos que nos empurram para eleições antecipadas e por outro, comparar o que algumas forças políticas agora prometem e as posições que assumem depois de passar as eleições.

Vamos aos factos. O OE, tal como foi apresentado, ao mostrar-se incapaz de dar resposta aos problemas do País e dos portugueses, não merecia a nossa concordância.

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Para além disso, prevendo-se um crescimento da economia de 5.5%, consideramos verdadeiramente inaceitável que perante esta previsão de crescimento económico, o Governo imponha um miserável aumento de salários de apenas 0,9%, quando como sabemos, não só, esses trocos serão literalmente consumidos pela inflação, como também que os trabalhadores da Administração Pública estão há mais de uma década sem conhecer quaisquer aumentos salariais.

Ainda assim, dissemos na altura que havia ainda tempo para encontrar soluções até ao dia da votação na generalidade. Sucede que apesar do esforço dos Partidos que integram a CDU no sentido de procurar soluções para termos OE, o Governo e o PS, acabaram por recusar qualquer convergência nesse sentido.

Aliás, ficou bem visível que depois do PR ter anunciado, ou ameaçado, que, ou haveria OE ou haveria eleições, o Governo desistiu literalmente de procurar soluções e convergências com os Partidos à esquerda para termos OE.

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Portanto, face ao que se passou, não é necessário grande esforço para se perceber que as eleições de 30, são o resultado da estratégia do PS, com a cumplicidade do PR, de provocar eleições antecipadas e utilizar a estratégia de vitimização como meio para tentar uma maioria absoluta que dispense o PS de negociar OE à esquerda e lhe permita fazer opções politicas sozinho ou até procurar convergências com a direita podendo vir a precipitar o país num novo ciclo de austeridade.

E, portanto, se não há OE a responsabilidade é do governo e do PS e se vamos para eleições foi porque o PR assim o desejou. Vá lá saber-se porquê… Mas importa ainda denunciar a incoerência que vamos assistindo ao longo do tempo.

Ficam dois dos muitos exemplos que aqui poderiam ser referidos. Hoje ouvimos o PSD dizer que quer passar o IVA da restauração dos 13 para os 6%. Sim, o mesmo PSD que passou o IVA da restauração de 13 para 23%, e que votou contra as propostas da descida dos 23 para os 13%, vem agora dizer que vai baixar o IVA na restauração para os 6%.

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Do PS ouvimos António Costa dizer agora que é uma injustiça os professores andarem com a casa às costas. Pois é, mas quando a CDU propôs a criação de uma ajuda de custo à deslocação para os docentes que ficam colocados longe de casa, o PS votou contra.

Não deixa, aliás, de ser curioso que o PS se diga agora preocupado com os professores, quando, em 6 anos, a única vez que o primeiro-ministro ameaçou demitir-se foi exactamente por causa dos professores e dos seus direitos, como a contagem do seu tempo de serviço.

É também por isso que dizemos, como de resto a vida é testemunha, CDU, todos os dias contigo.

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