A Estrada dos Ciprestes constituiu, desde sempre, uma importante artéria para a circulação rodoviária na nossa cidade de Setúbal.
Tal característica tem-se vindo a acentuar, não só pela sua localização, mas também pelo aumento significativo do tráfego rodoviário, ao longo dos sucessivos anos.
A Estrada dos Ciprestes não só constitui um local preferencial para a circulação urbana, como também para a entrada e saída de veículos nas direcções Norte, Sul e Poente respectivamente, para Aires, Palmela, para o centro da cidade e para as autoestradas A1 e A2.
No sentido Norte-Sul, a referida estrada tem o seu início no cruzamento da Azinhaga de S. Joaquim, percorre toda uma longa faixa, desvia bordejando o Parque Urbano da Várzea, inflecte para a Praça do Brasil e termina na rotunda da Tebaida.
A Estrada dos Ciprestes tem vindo a ser sucessivamente intervencionada, com o objectivo de torná-la mais escorreita, com novos e importantes ramais de ligação e rotundas, que lhe irão conferir uma importância rodoviária e pedonal acrescida.
Todavia, existem alguns constrangimentos que me merecem alguma atenção, e ficam aqui algumas sugestões, na tentativa de os procurar resolver.
Para esse efeito, vamos então tentar percorrê-la, efectuando a deslocação no sentido Norte-Sul.
Quem circula pela estrada, proveniente de Palmela e de Aires, encontra a Rotunda da Azinhaga de S. Joaquim. Já há bastante tempo que esta infraestrutura rodoviária era absolutamente necessária naquele local.
Inexplicavelmente, estreitaram a estrada e fizeram somente uma faixa de rodagem na rotunda, condicionando, dessa forma, a circulação.
A referida rotunda carece de mais uma faixa, conclusão e embelezamento, com a colocação de vegetação, de preferência autóctone e não com os separadores provisórios aí existentes, bem como o entulho decorrente das obras, que tardam em ser removidos, e que lhe confere um ar desleixado.
Nos acessos à Estrada dos Ciprestes, provenientes da rua Álvaro Félix, existe ainda sinalização provisória amarela no pavimento, que parece ter-se tornado definitiva.
Quando chegamos à Praça do Brasil e ao terminal rodoviário adjacente à estação dos comboios, as obras tardam na sua conclusão.
Alguns dias antes das eleições autárquicas, ocorridas a 26 de Setembro, inaugurou-se o referido terminal, quando se percebeu perfeitamente que as obras ainda estavam bem longe do fim; estamos em Dezembro e estas avançam ainda penosamente nesse local, bem como na embocadura para a rotunda da Tebaida.
Não se inauguram nenhumas infraestruturas, sem estas estarem previamente concluídas. Bem sei que é uma prática comum, mas é um péssimo exemplo democrático que se dá.
Naquela que virá a ser a futura rotunda da Praça do Brasil, o cenário é caótico; pedras da calçada de vários tamanhos amontoadas, areia aos montes (literalmente), trânsito cortado entre a Praça do Brasil e a Avenida Guiné-Bissau, o que provoca naturais e previsíveis constrangimentos.
Compreende-se que tais condicionantes são males necessários que assumem características provisórias.
Todas as envolvências da Praça do Brasil nomeadamente nos acessos à estação dos comboios, são locais de muito movimento pedonal e rodoviário.
Parece-me que todas as intervenções previstas foram bem concebidas e irão seguramente melhorar a fluidez, quer pedonal, quer rodoviária.
Todavia, e salvo melhor opinião, as obras estão a demorar demasiado tempo para serem concluídas.