27 Junho 2024, Quinta-feira

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Casa Ermelinda Freitas continua a crescer e a investir com 2021 a ser um ano “positivo”

Casa Ermelinda Freitas continua a crescer e a investir com 2021 a ser um ano “positivo”

Casa Ermelinda Freitas continua a crescer e a investir com 2021 a ser um ano “positivo”

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Vindimas generosas, boa procura no mercado nacional e expansão para quintas no norte do País permite ao produtor de Fernando Pó resistir melhor à pandemia

 

Com as vendas na moderna distribuição do mercado nacional e as exportações a correrem “acima das expectativas” em pleno ano marcado pela pandemia da covid-19, a Casa Ermelinda Freitas, sediada em Fernando Pó, na região de Palmela, considera que 2021 vai ser “um ano bastante positivo”, nas palavras da sócia-gerente Leonor Freitas, em entrevista a O SETUBALENSE.

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“Este ano acabámos por ter a melhor colheita de sempre nas vindimas, tanto em quantidade como em qualidade”, realça Leonor Freitas. A par disso, também as vendas têm estado a registar uma boa evolução, assinalando crescimentos “principalmente na moderna distribuição”, mas também nos mais de 40 mercados em todo o mundo onde a empresa está presente.

O grande portefólio de marcas da Casa Ermelinda Freitas contribuiu para que os danos provocados pela pandemia não fossem tão acentuados. “A nossa grande distribuição por vários locais permitiu aos nossos consumidores adquirir vinhos mais económicos, o que nos ajudou a não sermos os que mais sentiram a crise. Claro que se ela não existisse estaríamos certamente noutro patamar”, realça.

Ao nível das exportações, Inglaterra, EUA, Brasil, Rússia e Polónia são os mercados em maior destaque este ano. “Dos mais de 40 mercados onde estamos presentes, os mais importantes são, actualmente, Inglaterra, EUA, Polónia e Luxemburgo. Devido à pandemia, tentámos angariar novos mercados onde o consumo dos vinhos mais cresce, como é o caso do mercado asiático, em países como o Japão, Coreia e China”.

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Prémios nacionais e internacionais

Multipremiada, a Casa Ermelinda Freitas soma já mais de 1 500 prémios nacionais e internacionais ganhos desde 1999. Entre os prémios ganhos este ano, e ainda durante o mês de Novembro, destaca-se o de Melhor Vinho de Portugal de 2021, obtido com o Vinha do Fava Reserva 2020 no concurso “Cathay – Hong Kong International Wine & Spirit Competition”.

Em Outubro, a empresa ganhou o prémio de Melhor Vinho de Portugal com o Casa Ermelinda Freitas Alicante Bouschet Reserva 2019, no Sélections Mondiales des Vins Canadá; e uma distinção com o vinho Casa Ermelinda Freitas 2017 Dona Ermelinda Grande Reserva no Wine Enthusiast 2021. Já na edição de Verão do Mundus Vini a empresa havia sido eleita Melhor Produtor de Portugal.

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Em jeito de retrospectiva, a Casa Ermelinda Freitas relembra que no início de 2021 viu o espumante Casa Ermelinda Freitas Espumante Reserva 2012 ser considerado um dos 50 Melhores Espumantes do Mundo de 2021. Também o Casa Ermelinda Freitas Espumante Bruto Branco venceu uma medalha de prata, e o Dona Ermelinda Branco Reserva 2019 obteve Medalha de Ouro no 50 Great White Wines of The World 2021.

A mais recente “chuva de prémios” chegou directamente da Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal, que pelo 21.º ano consecutivo organizou e atribuiu prémios aos vinhos de qualidade feitos por várias empresas da região.

A Casa Ermelinda Freitas sagrou-se no pódio dos quatro melhores vinhos com a distinção de Melhor Vinho Branco do concurso, ganha com o Terras do Pó Chardonnay & Viognier 2017.

“O primeiro vinho Terras do Pó era apenas feito com Fernão Pires e este é um blend de Chardonnay, Arinto e Viognier. Este prémio é recordar a alegria que tive de ver o meu primeiro vinho branco engarrafado, além de ser o primeiro branco Terras do Pó Reserva”, afirmou Leonor Freitas a O SETUBALENSE no final da gala de entrega de prémios, na Quinta de Monsanto, em Lisboa, dia 15 de Novembro.

Entre os restantes vinhos premiados com medalhas de ouro contaram-se o Casa Ermelinda Freitas Superior 2009, Dona Ermelinda Reserva 2019, Vinha da Valentina Premium 2020, Valoroso Reserva 2019, Casa Ermelinda Freitas Alicante Bouschet Reserva 2019, Casa Ermelinda Freitas Gewurztraminer 2018, Túlipa 2020 e Vinha do Torrão 2020.

As medalhas de prata foram entregues às referências Dona Ermelinda Reserva 2019, Vinha do Torrão Reserva 2020, Vinha da Valentina Reserva Signature 2019, Quinta da Mimosa 2018 e Casa Ermelinda Freitas Sauvignon Blanc 2020.

Investimentos e expansões

Ao vasto palmarés alcançado não é alheio o investimento feito na modernização da empresa, nos últimos anos, lembra Leonor Freitas. “Desde sempre que a Casa Ermelinda Freitas apostou na modernização, respeitando a tradição. É assim que vamos adquirindo novos terrenos, plantamos novas castas e apostando nas actuais tecnologias e modernizações do nosso Centro de Vinificação.

Com estes investimentos temos conseguido ir buscar o que de melhor existe na uva, pós só podemos fazer bons vinhos com boas uvas”. No rol de “investimentos constantes” contam-se, principalmente, um aumento da capacidade produção com a aquisição de uma linha de engarrafamento e o aumento da capacidade de armazenamento.

Em paralelo, a Casa Ermelinda Freitas está também a apostar “numa quinta na região dos vinhos verdes e noutra no Douro”, como complementos ao portefólio da região de Setúbal, onde se localiza a casa-mãe.

A Quinta de Canivães, na região do Douro superior, foi comprada em 2018 naquilo que Leonor Freitas classifica como a concretização de um sonho de longa data. Esta quinta localiza-se na margem esquerda do Douro, perto de Vila Nova de Foz Côa, e era conhecida antigamente como “Quinta do Porto Velho”, pois possui um pequeno porto onde as embarcações atracavam.

Nos seus 50 hectares existem 20 hectares de vinhas tintas e 4,5 hectares de olival que dá origem a um azeite de “elevadíssima qualidade”. Já a Quinta do Minho, em Póvoa de Lanhoso, na região dos Vinhos Verdes (perto de Braga), foi criada em 1990 resultante da fusão de duas das mais antigas quintas ali existentes.

A sua casa, que remonta ao século XVIII, tem vindo a ser recuperada para apoio a actividades ligadas ao turismo vitivinícola. À sua volta estendem-se 40 hectares, com a casta Loureiro em claro destaque.

A partir da produção desta quinta já foram colocadas no mercado as marcas Fugaz, Gábia, Porta Nova, Campos do Minho e, mais recentemente, Campo da Vinha e Quinta do Minho – 100% Loureiro (vinho de topo).

A Casa Ermelinda Freitas dedica-se à produção de vinho desde 1920, possuindo 550 hectares de vinhas em Fernando Pó, Águas de Moura, concelho de Palmela. No total, a empresa trabalha com mais de 30 castas e compra uvas a mais de 160 produtores da região da Península de Setúbal.

Tem 70 colaboradores e produz 15 milhões de litros de vinhos DOC, regionais e de mesa, atingindo um volume de negócios de 34 milhões de euros.

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