Iniciativa, com direcção artística de Vera Mantero, decorre no Centro de Experimentação Artística
Com direcção de Vera Mantero e interpretação de Henrique Furtado Vieira, Paulo Quedas e Teresa Silva, o Centro de Experimentação Artística do Vale da Amoreira, na Moita, recebe este sábado, pelas 16h00, o ensaio aberto “O Susto é um Mundo”.
Dirigido ao público em geral e a maiores de 16 anos, a iniciativa tem entrada gratuita, mas obriga a reserva prévia por e-mail (cea@mail.cm-moita.pt) ou através de contacto telefónico (211 810 030) para aquele equipamento do município.
Neste âmbito e de acordo com o antropólogo Eduardo Viveiros de Castro, para os indígenas brasileiros, a “Contradição faz sentido” e é “uma das características basilares do pensamento dos povos originários”.
Já o docente de ética Jonathan Haidt diz que os seus alunos “estão encerrados em bolhas politicamente correctas” e aconselha-os a percorrerem mundo para serem capazes de Contradição.
Por sua vez, o psicanalista Carl Jung defendia que a sua linguagem devia ser “ambígua e de duplo sentido (contraditório, portanto) porque só assim ela faria justiça à nossa natureza psíquica”.
As alegadas interferências das redes sociais em processos eleitorais recentes concluem que os media “saudáveis” são os que não apresentam “apenas um ponto de vista e sim vários, de preferência Contraditórios”, numa educação para a contradição e para o susto.
O ensaio, co-produzido pelo Centro Cultural Vila Flor, Culturgest, Teatro Municipal do Porto e Teatro Viriato, conta com a produção de ‘O Rumo do Futuro’, figurinos de Marisa Escaleira e cenografia de João Ferro Martins.