1 Julho 2024, Segunda-feira

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Balanço da Rota Clandestina é “positivo” ao levar nome de Setúbal pela Europa

Balanço da Rota Clandestina é “positivo” ao levar nome de Setúbal pela Europa

Balanço da Rota Clandestina é “positivo” ao levar nome de Setúbal pela Europa

Pedro Pina diz que iniciativa tem sido "satisfatória" de concretizar

Projecto assenta na liberdade para a criação artística, cruzamento de linguagens e participação da comunidade

 

Com várias residências artísticas realizadas a partir do Fórum Municipal Luísa Todi e de A Gráfica, o balanço do projecto Rota Clandestina é, até ao momento, “extremamente positivo e prestigiante”, ao levar “o nome da cidade de Setúbal para outros cantos da Europa”.

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Para Pedro Pina, vereador da Cultura na Câmara Municipal de Setúbal, a iniciativa, que tem tornado o concelho sadino “num laboratório teatral”, tem também sido “satisfatória” de concretizar, ao trazer ao território à beira Sado “pessoas com qualidade artística e indiscutível condição no panorama cultural, não só nacional como também internacional”.

“Quando estes consagrados profissionais se disponibilizam e demonstram interesse em vir até Setúbal, isso enche-nos de orgulho e consideramos que é profundamente prestigiante”, confessou o autarca a O SETUBALENSE.

Uma das primeiras residências artísticas, recordou, consistiu “na criação do espectáculo de Pippo Delbono, que se chama “Amore”, e que acabou agora [dia 28 de Outubro] de estrear em Modena, Itália”.

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“Quando falamos no Pippo Delbono, estamos a falar de um dos nomes incontornáveis do teatro contemporâneo europeu e, no panorama italiano, é um nome e uma referência”, assegurou.

Por este motivo, diz ser gratificante o facto de “a marca Cidade de Criação Artística e o nome de Setúbal ficarem para sempre associados a este espectáculo”, ao ter sido preparado nos últimos meses no Fórum Municipal Luísa Todi.

Também a residência artística de Victor Hugo Pontes, “referência incontornável da coreografia portuguesa”, foi destacada por Pedro Pina, ao ter, na sua visão, como “protagonistas pessoas da comunidade setubalense”.

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“Parte desse trabalho já foi realizado com a comunidade, com um primeiro momento em A Gráfica”, contou. Esta é também uma das formas de “conquistar os públicos”, ao “sentirem-se envolvidos na construção dos projectos”.

“Essa é a razão pela qual, tendo também pessoas com a qualidade artística como aquelas que têm vindo até Setúbal, sentimos confiança e segurança para que este seja um projecto repleto de sucesso”, afirmou.

Em seguida, acrescentou: “São estas as razões que nos enchem de satisfação. Por sermos capazes de atrair nomes grandes das mais diferentes linguagens até Setúbal, aos nossos espaços de criação artística, envolvendo também a comunidade”.

Além disso, importa igualmente realçar “a formação de públicos, na busca de novas linguagens através do cruzamento”. “Acima de tudo, é um projecto assente numa palavra que parece presente, mas é tantas vezes esquecida: liberdade. Liberdade para a criação artística, para o cruzamento de linguagens e para a participação”, destacou.

Esse é, de acordo com o vereador da Cultura, “um factor de que a cultura é ainda hoje um reduto e uma salvaguarda para essa condição”.

Momentos muito procurados com sessões a esgotar rapidamente

Apesar de não se tratarem de “projectos de massa”, “todas as sessões realizadas foram rapidamente esgotadas” e todos os “momentos muito procurados”, garantiu Pedro Pina.

Têm marcado presença “não só estruturas locais e público interessado na matéria de Setúbal, como também de fora da cidade”. “Obviamente ter algumas destas pessoas também atrai, o que é algo que é interessante para criar dimensão crítica e pessoas interessadas no que é a criação e produção artística destes projectos”, justificou.

No total, a realização desta primeira fase da Rota Clandestina representou um investimento “que rondará os 15 mil euros”. No entanto, para o autarca, “a questão fundamental recai sobre a ligação ao território” e não “no investimento financeiro, que é residual”.

Para o fim do presente mês, está programada uma residência artística para preparação da nova peça “Litoral” pela Cia. Hiato, companhia de teatro brasileira. Entre 27 de Novembro e 1 de Dezembro, a iniciativa constitui um importante passo na produção do espectáculo, inspirado no processo de colonização do Brasil.

2022 Primeiro trimestre reserva criação artística do cineasta português Marco Martins

Para o primeiro trimestre do próximo ano está já prevista a concretização de uma criação do cineasta Marco Martins, “uma das pessoas de referência no que diz respeito à produção cinematográfica, não só para televisão, mas também para cinema”, explicou Pedro Pina.

“Em colaboração com o coreógrafo Bruno Leitão e Lia Rodrigues ou Marlene Freitas, que estão ainda como possibilidades, este é também um projecto que nos entusiasma por ser uma figura incontornável da Rota Clandestina”, salientou.

Enquanto isso, terá igualmente continuação a residência de Victor Hugo Pontes, “que tomará a forma de um espectáculo final, face ao trabalho já anteriormente desenvolvido em A Gráfica, que tem como base o uso do corpo na sociedade contemporânea”.

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