José Estrela Leão (1929-1999)
Recordo com saudades, o amigo de infância, o setubalense José Estrela Leão, nascido a 1 de Junho de 1929, na freguesia de São Julião. Filho de José Tiago Leão e de Teresa de Jesus Estrela Leão.
Foi empregado nos escritórios da SECIL. Aluno da escola primária Conde Ferreira e da escola industrial e comercial João Vaz de Setúbal. Em 1951 vai para a Dinamarca, como funcionário da firma FLSmidth & Co., uma das empresas da SECIL onde permaneceu até 1961. No estrangeiro, tirou o curso superior do Comércio e Economia.
Nos anos 1953 a 1958 dá aulas de português na escola Berlitz, que desempenhou com muita competência, aptidão e responsável dos seus conhecimentos. Em 1958 é nomeado vice-cônsul honorário de Portugal, cargo que desempenhou até 1967.
Exerceu também uma grande atividade comercial de produtos portugueses e entre 1962 e 1967 assume o cargo de correspondente do Fundo de Fomento de Exportação para os mercados escandinavos.
Em 1970 a 1974 é chefe da delegação do Fundo de Fomento de Exportação que ocupa como adido comercial junto da embaixada de Portugal. Com a sua experiência dedica-se na área dos vinhos portugueses, especialmente do vinho de mesa e do Porto.
De 1974 a 1982 desempenha funções de diretor do Fundo de Fomento de Exportação de Copenhaga e Oslo. Em 1970, tinha também o cargo de conselheiro comercial junto das embaixadas de Portugal naqueles países. Foi condecorado pelo estado português com o grau da ordem da instrução pública e o grau de oficial da ordem de Infante D. Henrique. O governo dinamarquês condecorou-o com o grau de comandeur da lord royal da Dannebrog.
E aqui quero recordar o amigo Setubalense, Vitoriano e Navalista que foi quase desconhecido na minha e nossa cidade, do grande setubalense e português.
Em Setúbal, na doca do Naval, ainda me recordo que o Leão, antes de saltar para a água tinha uma frase célebre: “Salto Anjo” especialidade de José Estrela Leão.
E termino esta memória deste Setubalense, com esta dedicação de Teixeira Pascoaes.
E tudo passará, mas a saudade
Não passará jamais. Há de ficar
Porque ela é o infinito e a eternidade
Viva Setúbal