Operação camarária junto ao Terminal Fluvial reformula mobilidade numa das zonas mais utilizadas pela população
Decorridos mais de oito meses desde o início da operação de reformulação da mobilidade na Avenida da Liberdade, junto ao Terminal Rodo-Ferro-Fluvial, aquela zona da Recosta – uma das mais frequentadas pela população –, ganhou agora uma nova cara, com muitos dos acessos redesenhados, permitindo uma maior fluidez do trânsito, ajudando também à circulação no local dos Transportes Colectivos do Barreiro (TCB), que podem neste momento entrar e sair desta área com mais facilidade, devido à retirada da semaforização ali existente.
Em declarações a O SETUBALENSE, Rui Braga, vice-presidente do município e vereador que tutela a divisão das Obras Municipais, garantiu que “a obra está prevista ficar terminada no final do mês de Novembro”, revelou, sem que existam quaisquer indicações de atrasos.
O autarca recordou ainda que nas últimas semanas registaram-se “alguns constrangimentos à saída do terminal e que originaram algumas reclamações”, com congestionamentos originados pela “necessidade de redução de algumas lombas [que ali foram criadas] para redução da velocidade, porque estavam muito altas e foi preciso proceder a esta rectificação”, disse.
Após o mês de Junho, a obra “sofreu [também] os constrangimentos próprios do mercado”, com “o fornecimento do material a ser dramático, principalmente com o ferro, em relação a algumas das soluções que a construção preconizava”, adiantou.
Ainda assim, a autarquia prosseguiu com os trabalhos, procurando respeitar os prazos: “Estamos na recta final e dentro de um mês deverá estar tudo concluído”, assegurou.
No local são já visíveis algumas barras metálicas, relativas ao “apontamento criativo” para a criação de “uma zona de sombreamento”, com uma estrutura de madeira em formato de onda em cima dos novos pilares.
Perto da unidade comercial ali instalada está ainda a ser criada uma segunda área destinada à mesma função, embora mais pequena.
Rui Braga considera igualmente que um dos grandes benefícios dos trabalhos se prende com “a zona de passeios”, que foi “aumentada significativamente” e proporcionará “mais conforto” aos peões e “um músculo diferente às actividades económicas”, nomeadamente a restaurantes e cafés, que desta forma “podem alargar as esplanadas e ter também a sua actividade na rua”, defendeu.
Empreitada de 2,7 milhões sofreu “ajustes de mercado”
A empreitada, que continua a decorrer “sem problemas de maior” está a ser realizada no âmbito do Plano de Acção para a Mobilidade Sustentável (PAMUS), numa operação co-financiada a 50% por fundos comunitários, tendo em vista uma “melhoria dos sistemas de mobilidade e acessibilidade no concelho”, sendo que, tanto a responsabilidade ambiental como a mobilidade continuam a constituir “dois eixos da estratégia municipal”.
No local, os trabalhos já concluídos permitem perceber “significativas melhorias” em termos de acessibilidade, segurança e espaço público, mas também de manutenção dos vários elementos arbóreos naquela zona, que obrigou ao transplante de dezenas de árvores.
Estimada em mais de 2,7 milhões de euros, a obra em curso inclui ainda a criação de uma rede ciclável e pedonal que trará um “enorme impacto na qualidade de vida” dos barreirenses e cuja execução deverá estar terminada na mesma data.
Em termos orçamentais, foram feitos alguns “ajustes de mercado”, que se traduziram “em cerca de 100 mil euros”, realçou o vereador, que lembra que os preços das matérias-primas “subiram muito”.
Na globalidade da intervenção, o autarca faz “um balanço muito positivo” do que foi realizado. Rui Braga considera que esta foi “uma obra exemplar”, no que respeita a questões de transtornos à população ou a condições de segurança.