Presidente da União de Freguesias de Baixa da Banheira e Vale da Amoreira quer que localidades deixem de ser ‘estigmatizadas’ e tenham futuro melhor
O novo executivo da União de Freguesias de Baixa da Banheira e Vale da Amoreira, agora liderado pela presidente socialista Bárbara Dias, tomou posse esta segunda-feira, durante uma cerimónia que teve lugar na sede do Ginásio Atlético Clube.
Com 29 anos, a mestre em Engenharia do Ambiente dirigiu-se aos banheirenses presentes naquela sessão, que classificou ser “um momento de renovação, de expectativa e de esperança” daquelas localidades do concelho.
A autarca agradeceu ao Partido Socialista da Moita e à secção da Baixa da Banheira pelo convite que lhe foi lançado, assim como “todo o apoio e confiança em mim depositada”, disse. A responsável reconheceu que a paixão que nutre pela sua terra, conduziu ao sucesso que levou à sua eleição.
“A minha preocupação é com as 17.248 pessoas que não se sentiram representadas por nenhum projecto e que optaram por não exercer o seu direito de voto”, realçando que a abstenção nas autárquicas, nesta União de Freguesias, situou-se nos 64%.
Bárbara Dias afirmou que a “democracia se torna mais forte com a participação activa e efectiva de todos”, desafiando a população a compreender “onde os nossos projectos falham e o que é preciso para chegar a todas as pessoas, porque ninguém pode ficar para trás”, assinalou.
“Hoje tenho a honra e o privilégio de tomar posse como presidente de todos os banheirenses e amoreirenses sem excepção”, disse, destacando que o caminho que tem pela frente “não será fácil”.
“Vivemos tempos de mudança, com muita incerteza e adversidades, no entanto, surgem também instrumentos que nos oferecem caminhos de oportunidades e desenvolvimento”, frisou. Para a autarca “é tempo de agir e de evoluir, determinados de forma sustentada e convergente”, declarou, rejeitando que o território continue a ser “estigmatizado, condenado à precariedade, ao abandono e à falta de investimento”.
“Torna-se urgente mudar a confiança no futuro através da concretização das nossas propostas, que irão permitir às nossas freguesias serem [mais receptivas] às oportunidades de investimento e de emprego”, dando “condições aos seus habitantes para aqui se fixarem, com dignidade e qualidade de vida”, sublinhou.
“As nossas freguesias têm um enorme potencial a explorar”
A presidente considera que ambas as freguesias “têm um enorme potencial a explorar”, sendo um “terreno fértil para a ciência e a tecnologia, para a inovação, para a cultura e desporto”, além da criatividade individual e colectiva.
“Queremos fazer desta terra um centro de oportunidades, onde ninguém tenha de ir para outros concelhos para trabalhar, estudar, viver ou practicar desporto”, acrescentou. Para a presidente, viver nas duas localidades “não pode ser difícil”, bastando para isso ter “visão, desenvolvimento e investir no progresso”.
Para tornar possíveis as estratégias de desenvolvimento e os valores de sustentabilidade e inovação, Bárbara Dias considera ser fundamental reforçar as freguesias em “meios” e “competências”, ouvindo a população através de mecanismos “como o Orçamento Participativo”, destacando ainda o papel da educação e do movimento associativo no território.