Vitória sem argumentos para evitar derrota com Vizela na Taça de Portugal

Vitória sem argumentos para evitar derrota com Vizela na Taça de Portugal

Vitória sem argumentos para evitar derrota com Vizela na Taça de Portugal

Reacção sadina no segundo tempo não chegou para reentrar na discussão do resultado

 

O Vitória FC, da Liga 3, disse adeus à edição 2021/22 da Taça de Portugal ao perder, por 2-0, no Estádio do Bonfim, com o Vizela, em partida da terceira eliminatória da competição. Os golos que ditaram o afastamento dos sadinos, que não conseguiram disfarçar as evidentes diferenças que existem em comparação com o adversário da I Liga, foram apontados por Alex Méndez e Schettine apontados aos 27 e 37 minutos, respetivamente.

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Sem poderem contar com contributo de quatro dos jogadores do plantel que têm experiência no escalão principal – o defesa Miguel Lourenço, os médios José Semedo e Mathiola e o avançado Zequinha –, os vitorianos não conseguiram na primeira parte, período em que o adversário foi claramente superior, esgrimir argumentos com o actual 12.º classificado da I Liga.

Apesar de os comandados de António Pereira terem sido os primeiros a visar a baliza no jogo – Kamo Kamo cabeceou sem perigo ao lado da baliza contrária, aos cinco minutos –, o Vizela não tardou a tomar as rédeas do jogo. Alex Méndez, que se cotou como o melhor elemento em campo respondeu logo em seguida num remate forte de fora da área que passou sobre a trave da baliza defendida por João Valido.

Apesar de terem tido uma contrariedade logo aos 12 minutos, momento em que o avançado Cassiano se lesionou e obrigou o treinador Álvaro Pacheco a substitui-lo por Schettine, o Vizela não se ressentiu no ataque. Aos 15 minutos, uma perda de bola de Murilo quase possibilitou que os visitantes inaugurassem o marcador em mais um disparo de Alex Méndez que saiu ao lado do poste esquerdo.

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Sem tempo para assentar o seu jogo, muito por culpa da qualidade individual e colectiva do oponente, o Vitória voltou a ver a sua baliza ameaçada, aos 19 minutos, novamente por intermédio do inevitável Alex Méndez que rematou de meia distância e viu a bola desviar num colega seu, obrigando João Valido a defesa atenta.

Depois de dos avisos, sem surpresa, o Vizela inaugurou o marcador quando o cronómetro assinalava 27 minutos. O estado-unidense Alex Méndez, depois de uma jogada rápida na esquerda, viu a bola chegar até si e aproveitou para rematar forte junto ao segundo poste para o 1-0.

 

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Minuto 29: homenagem emocionante a Semedo

 

O jogo ficou marcado por um momento emocionante aos 29 minutos, altura em que o árbitro Hugo Miguel, após combinação prévia entre as equipas, interrompeu por cerca de 30 segundos o jogo para que todos os presentes no Bonfim, jogadores incluídos, fizessem uma sentida homenagem a José Semedo, capitão dos sadinos e camisola 29 do Vitória, que assistiu ao encontro no estádio, com aplausos depois de ter ficado viúvo a 30 de setembro.

Após esse momento, os verdes e brancos chegaram por duas vezes, aos 30 e 35 minutos, próximo da baliza contrária. No primeiro, Kamo Kamo cruzou da esquerda para Bruno Luz, que chegou atrasado para a emenda de cabeça. Depois foi a vez de Nuno Pinto assistir Robson, médio brasileiro que rematou para defesa apertada de Ivo.

Ao contrário dos sadinos, os nortenhos foram mais eficazes e conseguiras dilatar a vantagem no marcador, aos 37 minutos. Depois de uma boa combinação entre Alex Méndez e Nuno Moreira este último assistiu de bandeja Schettine que, à ‘boca’ da baliza rematou forte para o 2-0 que materializava a superioridade do Vizela.

Até ao intervalo, o Vitória pode agradecer ao guarda-redes João Valido por não ter ido para os balneários com um resultado mais desnivelado. Aos 43 e 44 minutos, o jovem ‘keeper’ teve de se aplkicar para impedir que os remates de Schettine e Guzzo dessem golo. Antes do árbitro lisboeta Hugo Miguel apitar para intervalo, os sadinos ainda conseguiram, através de um remate de Bruno Ventura, pôr à prova o guarda-redes Ivo.

No segundo tempo, António Pereira fez alterações de forma a dar mais coesão a meio-campo e dinâmica no ataque à equipa. As entradas do médio André Pedrosa e do avançado Mendy (que passou a jogar ao lado de Varela e Kamo Kamo) para os lugares de Murilo e Bruno Luz, respectivamente, surtiram algum efeito, uma vez que a equipa passou a chegar mais vezes junto à área contrária.

Muitas vezes em lances rápidos de contra-ataque, que apanharam em contrapé os vizelenses, os sadinos, mais afoitos, ameaçaram em várias ocasiões reduzir a desvantagem. Logo aos 49 minutos, fruto dessa maior velocidade, Kamo Kamo finalizou um contra-ataque num remate que passou sobre a trave da baliza.

A ganhar por 2-0, o Vizela passou a preocupar-se mais com a gestão da vantagem do que em voltar a marcar. Sem a eficácia que os adeptos setubalenses que estiveram no Bonfim – estádio em que estiveram 1540 espectadores – o Vitória criou perigo, mas nunca conseguiu facturar. Aos 84 minutos, numa jogada em que intervieram Varela, Rodrigo Pereira e Mendy, este último falhou o remate num lance que acabou invalidado por fora-de-jogo.

Aos 85 e 86 minutos foi a vez de Varela, que fugiu na direita e rematou para defesa de Ivo, e Daniel Martins, de liver directo, também travado pelo guarda-redes, a tentarem, sem sucesso a sua sorte num jogo em que o resultado construído na primeira parte se manteve inalterável, acabando por ditar o adeus do Vitória à Taça de Portugal.

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