As cinco autarquias da CIMAL decidiram compensar empresa para não haver cortes na oferta em tempo de pandemia
Os cinco municípios da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL) estão a suportar compensações financeiras à Rodoviária do Alentejo para que a empresa, concessionária do transporte público rodoviário na região, não fosse obrigada a suprimir carreiras, revelou esta quinta-feira o presidente da CIMAL.
Em reunião pública da Câmara de Alcácer do Sal, a que também preside, Vitor Proença informou que a comunidade intermunicipal decidiu pagar essas compensações, que no caso do Municipio de Alcácer já vão em 80 mil euros, porque a empresa, que tem recorrido ao lay-off, devido à quebra na actividade decorrente da pandemia, informou não ter condições para assegurar todas as carreiras que efectua.
A Rodoviária do Alentejo queixa-se de quebra de receita e actividade, provocada pela pandemia, designadamente nos chamados serviços ocasionais, como excursões.
“Os municípios têm-se visto numa situação extremamente difícil”, disse o autarca, referindo-se às autarquias de Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém, Sines e Odemira, e acrescentando que o corte de carreiras poderia ser 2um problema para as populações”. No caso de Alcácer, o presidente da autarquia destacou as carreiras interurbanas, de ligação a Setúbal e a Lisboa.
Segundo o autarca, o Governo também já pagou cerca de 50 mil euros, por essas compensações pelo défice da Rodoviária do Alentejo, mas o valor é considerado insuficiente, não só face ao total do desequilíbrio que a empresa apresenta, mas também em comparação com a região oeste, que já recebeu por problema idêntico um montante de 650 mil euros.
Vitor Proença explicou que o apoio canalizado para a região Oeste saiu do Fundo Ambiental e que os municípios da CIMAL já tiveram duas reuniões com o secretário de Estado para tentar uma solução idêntica. Até agora não houve sucesso, mas os cinco autarcas já pediram um terceiro encontro.