Álvaro Amaro luta por inclusão de variantes às estradas nacionais no Plano de Recuperação e Resiliência

Álvaro Amaro luta por inclusão de variantes às estradas nacionais no Plano de Recuperação e Resiliência

Álvaro Amaro luta por inclusão de variantes às estradas nacionais no Plano de Recuperação e Resiliência

Foto Alex Gaspar

O autarca está indignado por a construção de alternativas à EN 252 e à EN 379 estar fora do financiamento comunitário

 

Álvaro Balseiro Amaro, presidente da Câmara Municipal de Palmela, acaba de solicitar audiências a vários ministros, entre os quais o das Infra-estruturas, Pedro Nuno Santos, para discutir a construção das variantes às estradas nacionais 252 e 379. O autarca diz-se “inconformado” com o facto de estes investimentos – que considera “estratégicos para a região” – continuarem a ser omitidos no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

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“Não me conformo que se deixe passar mais uma oportunidade de [atribuição de] fundos [europeus] sem se resolver esta situação”, atira o autarca. “Colocámos na ordem do dia a construção das variantes à Estrada Nacional [EN] 252 e à EN 379. Já discutimos o assunto em todos os fóruns e estamos insatisfeitos por estas obras continuarem a ser omitidas no PRR, quando são estratégicas para a região”, afirma, para reforçar de seguida: “Até porque as estradas nacionais não servem apenas o concelho, servem também a região, com a circulação de pesados para abastecimento das várias áreas empresariais.”

O trânsito desde a entrada em Pinhal Novo à Volta da Pedra (EN 252) e em Palmela e Quinta do Anjo (EN 379) “está a tornar-se um inferno”. A situação, porém, não é nova. O município, lembra o autarca, “foi até dos primeiros a apresentar contributos e estratégias de acordo com o PRR” a focar estes investimentos, mas “desde há cerca de 30 anos” que tem vindo a submeter “propostas” no âmbito do Portugal 2030, no que toca às rodovias e à requalificação dos acessos a áreas do acolhimento empresarial e a eixos estratégicos, tendo em vista “desviar o trânsito que está a destruir a qualidade de vida dos centros urbanos”.

Obras contratualizadas desde 1997

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Álvaro Amaro recorda que em causa estão obras que até “estão contratualizadas desde 1997”. E adianta: “Em 2012 também foi criada esta expectativa, com a eventual construção da Plataforma Logística de Poceirão, tendo sido assinado um acordo para a construção de uma variante, entre o município, o respectivo secretário de Estado à época, o EMIR, a Estradas de Portugal, a Brisa e a LOGZ”, aponta, antes de deixar um lamento em jeito de crítica. “Acho inacreditável, estou até estupefacto, como é que agora aparecem no PRR – quando diziam que não havia já fundos para estas coisas – a Variante da Atalaia e outras noutros pontos do País, locais menos problemáticos, onde o impacto do tráfego intenso não é tão nocivo para as populações residentes.”

O presidente da autarquia confessa que não entende “os critérios” adoptados pela tutela e revela que já solicitou reuniões a Pedro Nuno Santos e outros ministros. “E já o tinha feito no passado, sem obter qualquer resposta. Como fiz devido às circulares sul e norte da Autoeuropa.” E a este propósito vinca: “O município tem estado sozinho a investir entre 200 a 400 mil euros por ano na reabilitação [destas vias]. Este é um projecto na ordem dos três milhões de euros, num eixo de empresas que tem importância nacional e internacional. Não podem ser os fundos municipais a dar conta da melhoria destas acessibilidades.”

A finalizar, Álvaro Amaro deixa um recado à administração central: “O Governo sempre deu pouca atenção à Península de Setúbal. Mas tem de ouvir a península e em particular os concelhos com maior crescimento e contributo para o Produto Interno Bruto. Se não houver atenção a este dossier das variantes, está a adiar-se o futuro e a sustentabilidade dos nossos territórios”.

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