Intervenção de 100 mil euros pretende reativar o equipamento, que deixou de funcionar por não respeitar as regras da Autoridade Nacional da Aviação Civil
O heliporto do Hospital do Litoral Alentejano (HLA), no concelho de Santiago do Cacém, está a ser alvo de uma empreitada de requalificação para permitir o seu uso oficial, num investimento de cerca de 100 mil euros.
A obra, a cargo da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA), arrancou na semana passada com o objectivo de reactivar um equipamento que deixou de funcionar em Dezembro de 2018, por não respeitar as regras da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC).
“Desde o acidente com o helicóptero do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), a Autoridade Nacional da Aviação Civil reforçou a certificação dos heliportos que estavam a funcionar à data”, lembrou à agência Lusa a presidente do conselho de administração da ULSLA, Catarina Filipe.
O heliporto da ULSLA “estava mapeado, mas não estava certificado”, acrescentou. Com esta intervenção, a ULSLA pretende “criar as condições para propor a certificação do heliporto à ANAC”.
Os trabalhos incluem o corte da vegetação na zona envolvente à infra-estrutura, o rebaixamento de postes de iluminação, a revisão da sinalização, a regularização das zonas próximas e o revestimento de toda a área com pedra de enrocamento, indicou.
A empreitada, que tem um prazo de execução de dois meses, prevê também “a terraplanagem dos terrenos” para “facilitar a manobra de aproximação e descolagem do helicóptero” e a criação de “uma segunda saída de emergência” que vai obrigar a uma alteração significativa da entrada do Hospital do Litoral Alentejano.
Para que o processo de certificação fique concluído, será ainda necessária “a constituição de equipas de apoio permanente” ao heliporto, que ficará a cargo das quatro corporações de bombeiros do concelho de Santiago do Cacém, segundo a unidade local de saúde.
O heliporto, situado junto ao Serviço de Urgência, na entrada do Hospital do Litoral Alentejano, passará a “receber helicópteros em situação de emergência, minimizando o tempo de resposta no socorro dos doentes”, afiançou a ULSLA.
HYN / Lusa