Os Dês da Revolução

Os Dês da Revolução

Os Dês da Revolução

21 Abril 2021, Quarta-feira

A celebração do 47.º Aniversário da Revolução de Abril sugere-nos homenagear o Movimento da Forças Armadas que a corporizou, mas também as forças políticas que criaram as condições para o sucesso da Revolução.

O sucesso da Revolução pode medir-se pela concretização, praticamente imediata, de dois dos seus três grandes objectivos, popularmente conhecidos por 3D. D de Democracia, D de Descolonização e D de Desenvolvimento.

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Relativamente ao terceiro D – Desenvolvimento – o gritante atraso decorrente do isolamento internacional, que a todos os níveis se observava fez-nos saltar barreiras e aproximarmo-nos dos países desenvolvidos.

Recordo agora a génese da Quinta do Conde e lembro que a ditadura, o dito Estado Novo, nunca se preocupou com políticas de habitação e nos últimos anos a situação tornou-se mesmo insustentável, sendo o território da atual Freguesia da Quinta do Conde, a começar pelo Casal do Sapo uma consequência dessa não resposta à crise habitacional.

Quinta do Conde que, com a Revolução de Abril e com a instituição do Poder Local Democrático viu criadas as condições para se tornar numa localidade com níveis aceitáveis de vida, fruto do empenho dos seus residentes e, sublinho, do Poder Local.

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Não direi o mesmo do Poder Central que aqui sempre negligenciou as suas responsabilidades. Basta recordar as lutas antigas pela publicação do Plano de Urbanização e pelos equipamentos a que muito justamente tínhamos direito.

Continuamos a ter, no presente, avultadas razões de queixa do Poder Central:

A construção da Escola Secundária na Quinta do Conde não sai do papel;

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Para a requalificação da Escola Michel Giacometti o governo vai empurrando sem resolver nada;

A construção da nova Unidade de Saúde é um projecto adiado de mês para mês, ano após ano;

O mesmo se dirá da construção do Lar de Idosos do Centro Comunitário;

E da construção do Quartel para a GNR;

E da conclusão do CAO-Centro de Atividades Ocupacionais e Lar Residencial da Cercizimbra, no Pinhal do General;

E da construção da Rotunda em Negreiros, que não foi sequer inscrita no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o tal que remete para os fundos da dita “bazuca”.

Não se esgota nesta lista de obras a política de adiar, de ignorar de não concretizar compromissos.

É confrangedora a postura do Governo, aliás dos sucessivos governos, mas particularmente do atual, que governa há seis anos e neste período não há, um tijolo que seja, em obra pública na Quinta do Conde.

Não é assim que se concretiza o Desenvolvimento, o terceiro D de Abril.

A Quinta do Conde deve ter uma posição muito mais crítica e mais exigente, relativamente ao governo.

A Revolução de Abril criou perspectivas bem diferentes e na comemoração do seu 47.º aniversário, temos a obrigação de fazer este aviso, um alerta ao governo para mudar o rumo.

Viva o 25 de Abril!

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