Maçonaria

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25 Março 2021, Quinta-feira
Carlos A. Cupeto -Escola de Ciências e Tecnologia

Aí vamos nós alegres e distraídos, como convém, não se sabe bem para onde, mas palpita-me que a coisa não vai ser boa. Num repente, o país passou a ter duas ameaças, o vírus e os maçons. O tema da atualidade passou a ser a maçonaria. Será que nos querem distrair do essencial?  Maçonaria, pela pouca história que sei, confesso-me um admirador desta gente. A lista de distintíssimos maçons, políticos, artistas, cientistas, etc., é arrebatadora. Em tempos mais contemporâneos parece que tiveram papel essencial na fundação da ONU, da Cruz Vermelha, no fim do Apartheid, na independência de Timor, na fundação de nações como o Brasil e os Estados Unidos… Sei, sabemos, de políticos corruptos e mafiosos. Todos os dias sabemos de casos. Sabemos que somos um país refém da corrupção e que, provavelmente, essa é a nossa maior ameaça. Tenho a certeza de que um político ou o presidente de uma associação de bombeiros corruptos que sejam maçons continuam a ser corruptos.

Quero, queremos, saber da rede maçónica que pratica extorsão de bens; quem são, como atuam, quem os protege? Não me interessa nada saber quem dos governantes ou titulares de cargos públicos é maçon. Sei que, como até aqui, por mais leis que “garantam” transparência, os honestos e íntegros nunca vão ter problema em que a sua vida seja escrutinada, os outros vão estar sempre na penumbra e encontrarão formas de continuar a ser o que são.

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Redes de interesses e favores? Não compreendo nem aceito a hipocrisia de assobiar para o lado. Confesso que defendo interesses e faço favores todos os dias. Um destes dias perguntaram-me quem poderia fazer um estudo geotécnico. Indiquei uma empresa de ex-alunos sediada em Vendas Novas. A razão porque o fiz foi confiança, ética e técnica, proximidade, porque a empresa é do meu Alentejo; e cumplicidade, porque sou cúmplice com a minha rede de amigos e contactos. Esta cumplicidade e este jogo são recíprocos. O Cassiano e o Pinelas que me cortam o cabelo são os melhores barbeiros do mundo e sempre que vem a propósito indico-os. Se alguém me pergunta qual a melhor universidade para o filho estudar, só consigo dar uma resposta: Universidade de Évora. Quem não deve não teme e não me convencem de que o problema são as redes de contactos que funcionam, naturalmente, com base na cumplicidade. É assim e sempre assim será. O problema é quando se vive num país essencialmente corrupto e pouco ou nada se faz de sério para que assim deixe de ser. Os melhores portugueses fartaram-se e por todo o mundo têm enorme sucesso e  fazem aquilo que deviam fazer no seu país, criam riqueza e prosperam.

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