29 Junho 2024, Sábado

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Rotunda ganha peça escultórica para perpetuar campo do Luso

Rotunda ganha peça escultórica para perpetuar campo do Luso

Rotunda ganha peça escultórica para perpetuar campo do Luso

Peça recorda zona onde esteve instalado equipamento desportivo ao longo de décadas

 

Para perpetuar a memória da zona onde se encontrava o antigo campo de jogos da Quinta-Pequena, a Câmara do Barreiro, em parceria com o Luso Futebol Clube, instalou no passado sábado, na nova rotunda existente naquele ponto do município, uma peça de arte urbana criada pela escultora Otília Dias, para assinalar a existência do antigo equipamento desportivo nesta área central da cidade.

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O clube centenário, que esteve impedido de celebrar devidamente a data do universo lusófilo, devido à pandemia, encara esta instalação “com orgulho”, pelo facto da memória do seu campo ter agora sido eternizada. “O mundo atravessa tempos de superação e progresso e o movimento associativo não é excepção”, lembram os órgãos sociais, que têm apostado num “percurso de sustentabilidade” e dizem ser “indispensável” fazer uma resenha “verdadeira” à cronologia do processo que levou ao seu derrube no ano passado, conforme explicado na obra literária “Luso Football-Club, 100 anos… uma História”.

Neste livro, que marca o presente aniversário, é possível recordar que este campo foi “palco marcante do desporto nacional e nele milhares puderam testemunhar o Luso FC a ser grande entre os grandes”. Entre 1925 a 2017, o Campo de Jogos da Quinta-Pequena foi acarinhado pelos lusófilos como um local mítico, que testemunhou mais de 25 temporadas na II Divisão do Futebol Nacional e foi palco de modalidades como o hóquei em campo, atletismo, ciclismo, os festivais de boxe e, numa vertente mais cultural, acolheu sucessivos eventos, entre os quais, cinema ao ar livre.

Em 87, os proprietários do terreno, fizeram “uma primeira tentativa para o despejo do clube”, com diligências judiciais que “sofreram avanços e recuos e, durante mais de 25 anos, todos quantos assumiram funções dirigentes no Luso”, procuraram encetar “esforços inesgotáveis para que se mantivesse o usufruto do mesmo”, recorda a direcção de que é presidente Rui Pedro Pereira.

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Após mais de três décadas de contactos com a autarquia local, na tentativa de resolver o litígio existente ou “formular soluções alternativas”, não foi possível ao Luso “manter o arrendamento daquela que foi a nossa casa”, explica. Após decisão judicial, no início da década de 2010, quando o tribunal deu razão aos proprietários do terreno, e esgotadas as possibilidades de recurso, o clube “viu-se mais tarde na obrigação de deixar o usufruto do campo e consequentemente a adiar o regresso do futebol”.

Para Rui Pedro Pereira, a colocação deste elemento escultórico “traz justa homenagem a uma lindíssima e longa história” do Luso. Também a vereadora da autarquia responsável pelos pelouros do Associativismo e Desporto, Sara Ferreira, assinala a este propósito que “para projectar o futuro é necessário honrar o passado”, justificando deste modo a intervenção realizada na rotunda.

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