Caros leitores, hoje não vão ler uma crónica sobre os direitos das mulheres conquistados e os que faltam conquistar, nem uma explicação sobre a razão pela qual vivemos a
inda numa sociedade patriarcal e, nem tão pouco, sobre a existência de crimes de género. Hoje vão ler uma ode às mulheres. Às mulheres, que apesar de trabalharem oito horas laborais, têm mais 4,17 horas por dia úteis com trabalho não pago (tarefas domésticas e com a família), e mesmo assim mostram- -se disponíveis e sorriem.
Às mulheres que entraram num mundo dominado por homens em épocas difíceis, como Marie Curie, que teve o seu trabalho rejeitado academicamente e, ainda assim, ganhou dois prémios nobéis: o de física e o de química.
Às mulheres domésticas, amas, cozinheiras e empregadas de limpeza que são constantemente esquecidas pela sociedade.
Às mulheres que já foram assediadas em meio laboral e que, mesmo assim, todos os dias comparecem no trabalho de cabeça erguida.
Às mulheres transexuais, que são constantemente desacreditadas como mulheres que são. Hoje existem mais mulheres a frequentar o ensino superior que homens. Hoje, mais do que nunca, temos mulheres em lugares de destaque e de decisão. Hoje, sabemos que todas as mulheres estão protegidas por um princípio de liberdade e igualdade de direitos, que foram conquistados ao longo dos anos. Hoje, nascer mulher já não é limitante nas escolhas que se deseja. A todas vós, e nós, parabéns pelo caminho que fazem todos os dias juntas para vencer nesta sociedade. Apesar de existirem capítulos negativos nesta luta, nunca existiram tantos positivos.
Nós sabemos que, com a garra desta nova geração, a desigualdade de género será, ano após ano, cada vez menor. Este dia é nosso, das nossas mães, das nossas filhas, das nossas netas. Honremos, por isso, as lutas das nossas avós e bisavós! Nunca houve um período tão bom na nossa história para se ser mulher. Vamos recordar este momento e lutar para que seja tudo ainda melhor daqui em diante!