A explicação foi avançada pelo comandante dos Bombeiros de Paço de Arcos, Ricardo Ribeiro, à CMTV. Natividade Coelho recusa-se a falar sobre o caso enquanto decorrer o inquérito, mas diz-se de “consciência muito tranquila”
As vacinas administradas aos 126 funcionários do Centro Distrital de Setúbal da Segurança Social foram “especificamente enviadas” para o efeito pela Administração Regional de Saúde (ARS), em concertação com o Aces Arrábida, ao organismo dirigido por Natividade Coelho.
A informação acaba de ser avançada pelo comandante dos Bombeiros de Paço de Arcos, Ricardo Ribeiro, na CMTV.
De acordo com o comandante, as vacinas administradas em Setúbal “não eram sobras”. Foi “a ARS que enviou uma caixa de vacinas ao Centro Distrital de Setúbal da Segurança Social com a anuência do Aces Arrábida”.
Mas, numa altura em que “os lares já estavam vacinados ” e quando “já haviam sido distribuídas 15 vacinas por corporação de bombeiros”, explicou Ricardo Ribeiro naquele canal televisivo.
Para o comandante dos bombeiros, a ARS “não pode demitir-se de responsabilidades na matéria”, nomeadamente ao nível “do planeamento e da distribuição”, processo que deveria ter merecido um “melhor acompanhamento” por parte daquela entidade de saúde. “Ao não o fazer, colocou ao critério de cada dirigente a distribuição das respectivas vacinas. No contexto de Setúbal foram distribuídas a funcionários de primeira linha, que estão envolvidos em trabalhos com centros de dia, idosos e grupos de risco”, adiantou.
Natividade Coelho, contactada há instantes por O SETUBALENSE, não confirma, nem desmente, a versão apresentada por Ricardo Ribeiro.
“Demiti-me e está a decorrer um inquérito. Oportunamente falarei. O que posso dizer é que estou de consciência muito tranquila. Mas enquanto decorrer o inquérito que foi aberto pela senhora ministra, mesmo demissionária não irei falar. Não sei onde o comandante Ricardo Ribeiro obteve essas informações. Não vou confirmar, nem infirmar nem tecer qualquer comentário”, disse a directora que cessa funções na Segurança Social de Setúbal esta segunda-feira.
“Quando terminar o inquérito, que desejo ardentemente que seja célere e que não seja daquelas coisas que nunca ninguém sabe, falarei de certeza absoluta”, reforçou, a concluir.