27 Julho 2024, Sábado

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Inauguração da Casa das Imagens adiada para depois do Estado de Emergência

Inauguração da Casa das Imagens adiada para depois do Estado de Emergência

Inauguração da Casa das Imagens adiada para depois do Estado de Emergência

Setúbal vai abrir ao público um espaço sobre história e estórias do cinema, mas essa ‘descoberta’ tem de aguardar por melhores dias

 

A inauguração da Casa das Imagens, em Setúbal, que estava marcada para hoje, foi adiada e sem data prevista, devido às novas medidas do Estado de Emergência.

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Este equipamento cultural dedicado ao cinema, está localizado na Rua da Velha Alfândega, em espaço contíguo à Biblioteca Pública Municipal, e resulta de uma doação feita pelo crítico e programador Lauro António ao município sadino. São cerca de 50 mil peças, em diferentes conteúdos, relacionadas com os audiovisuais.

O espólio doado para construir esta biblioteca e mediateca consiste em livros, filmes, fotografias e objectos ligados ao cinema.

“Tenho cerca de 10 mil DVD de filmes, VHS – e ainda um arquivo pessoal com várias coisas relacionadas com cinema, com a minha actividade como realizador e como crítico e outras coisas mais”, explicou Lauro António à Lusa.

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O que foi cedido para a Casa das Imagens é apenas uma parte do seu acervo pessoal, que quis disponibilizar para consulta pública, para que não se dispersasse ou venha a cair no esquecimento.

Este equipamento cultural, repartido por dois pisos, fica assim na cidade de Setúbal com a qual Lauro António diz ter “ligações sentimentais”, onde habitualmente faz ‘masterclasses’ e onde recorda ter sido co-fundador do festival Festróia.

É Lauro António que ficará a dirigir a Casa das Imagens e a dinamizar uma programação com ciclos de cinema e publicação de livros – o primeiro dos quais sobre o filme negro norte-americano -, debates e criação de um arquivo de entrevistas de vida de figuras ligadas a esta arte.

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De acordo com a autarquia, a Casa das Imagens contará ainda com CD, discos em vinil, cassetes-áudio, material publicitário de filmes, banda desenhada e cartoons, revistas especializadas de cinematografia, enciclopédias gerais e obras generalistas.

Vão estar ainda patentes várias peças, entre as quais uma placa exterior do antigo Cinema Condes, um anúncio luminoso do Cinema de Cascais, uma máquina para ver fotografias em vidro, uma máquina de escrever e prémios que Lauro António recebeu.

Lauro António, lisboeta de 78 anos, tem uma longa e diversificada ligação ao cinema, como espectador, crítico, programador, director de festival, professor, cineclubista, argumentista e realizador, tendo também encenado para teatro.

É autor de cerca de 50 livros relacionados com cinema e mais de uma dezena de obras cinematográficas, sendo as mais reconhecidas as adaptações literárias “Manhã Submersa” (1980) e “Vestido cor de fogo” (1985).

Com SS // TDI – Lusa

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