Recolha acontece este sábado, no Centro Cultural Social e Recreativo a Voz do Alentejo
O Grupo Folclórico e Humanitário do Concelho de Sesimbra realiza este sábado a terceira e última sessão de recolha de dádivas de sangue deste ano. A acção acontece entre as 15h00 e as 19h00, no Centro Cultural Social e Recreativo a Voz do Alentejo, em parceria com o Instituto Português do Sangue e da Transplantação do Serviço Nacional de Saúde.
“Quando a actual direcção tomou posse, em 2018, ficou claro que à semelhança do Folclore também as dádivas de sangue, actividade estatutária da associação, contariam com o empenho de todos os elementos para que se pudessem desenvolver”, começa por dizer André Antunes, presidente do grupo, a O SETUBALENSE. “A importância das dádivas de sangue é do conhecimento geral dos cidadãos mas existia na nossa freguesia muita falta de divulgação do tema e até de conhecimento sobre as necessidades existentes nas reservas de sangue e os benefícios que os cidadãos podem ter por contribuir com o seu gesto neste sentido”, adianta.
Desde 2018, o Grupo Folclórico e Humanitário tem então “concentrado esforços para melhorar a divulgação das sessões de recolha e organizar os dados das pessoas que dão sangue através do nosso grupo para que se tornem assíduos nas três sessões que organizamos anualmente”. André Antunes alerta ainda para o facto de Portugal não ser “auto-suficiente nas reservas de sangue. Há sempre alguém a necessitar a cada momento e só por isto já se torna imperioso os portugueses darem sangue”. O grupo tem feito por manter “assíduos muitos dadores de sangue”, o contacto permanente com os mais de 100 dadores angariados em todas as sessões desde 2018, e por centrar a sua acção nas faixas etárias mais jovens. “Temos tido um crescimento significativo de inscrições entre os 18 e 30 anos de idade. Isso tem-nos dado mais força e motivação para desenvolver esta nossa actividade”, partilha.
Uma dupla incomum
“Não é habitual haver um grupo folclórico que organize dádivas de sangue e outras actividades sócio-caritativas. Levamos connosco a promoção das dádivas de sangue onde levamos o folclore sesimbrense”, refere. “Dentro do próprio grupo, a actual direcção ficou surpreendida com a adesão interna às dádivas benévolas de sangue. Desde o ano passado conseguimos criar um núcleo de dadores de sangue que são também folcloristas, o que também nos enche de orgulho pelo trabalho que desempenhamos. Todos têm presente que a nossa associação não é só folclore, tem também uma missão social”, acrescenta.
Pandemia não tem sido impedimento
Nas palavras de André Antunes, “a pandemia não tem impedido os quintacondenses de dar sangue”. Há até pessoas a deslocarem-se de outros concelhos e distritos para dar sangue na Quinta do Conde. “Cumprimos um conjunto de normas impostas pelo Ministério da Saúde através do IPST a fim de dar segurança sanitária aos participantes nas dádivas de sangue”, assegura, agradecendo o “grande apoio do CCSR A Voz do Alentejo, pela cedência das suas instalações, com condições excelentes para este tipo de iniciativas”.
Escultura representa dadores benévolos de sangue
Desde a sua fundação, há 27 anos, que o Grupo Folclórico e Humanitário do Concelho de Sesimbra traz à freguesia da Quinta do Conde estas sessões de recolha de sangue. Em 2006, foi colocada na Avenida 1º de Maio uma escultura que homenageia os quintacondenses dadores benévolos de sangue.
“Isto significa que enquanto houver Grupo Folclórico e Humanitário existirá sempre a oportunidade de a Quinta do Conde dar sangue. Tem sido este o nosso lema desde que tomámos posse”, assegura o presidente da associação, considerando que “a Quinta do Conde é uma freguesia que tem enormes potencialidades para ajudar o Instituto Português do Sangue e da Transplantação e o Serviço Nacional de Saúde, pelo crescimento populacional verificado e pela faixa etária do mesmo”.