Candidato assegura que se irá “guiar pela Constituição”, algo que, na sua opinião, Marcelo Rebelo de Sousa “muitas vezes esquece”
João Ferreira que concorre às eleições presidenciais de 2021 participou de uma acção junto de reformados e pensionistas em Pinhal Novo.
Na sua intervenção, perante uma plateia a rondar a centena de pessoas, deixou um largo leque de críticas à acção do actual presidente que, na sua opinião, “nem sempre obedece ao que diz a Constituição”.
Reparos que se estendem a quase todas as áreas da sociedade mas, até porque a ocasião assim o proporcionava, a saúde em particular esteve na mira do candidato. “Nas questões da saúde a Constituição não fala num ‘sistema nacional de saúde’, fala de um Serviço Nacional de Saúde que assegura o direito à protecção de todos os portugueses. O que se pretende introduzir é a visão de um sistema nacional de saúde que tende a pôr em pé de igualdade o serviço público e o negócio privado da doença. Quando o presidente tem esta posição não está a contribuir para fortalecer aquilo que a Constituição defende. É importante que o presidente tenha uma acção mais fiscalizadora”.
João Ferreira considera que Marcelo Rebelo de Sousa “se tem alheado dos problemas dos idosos”, salientando que a importância de assegurar a saúde, segurança social e protecção social deste grupo”. A estas necessidades, acrescenta, o presidente da República “não se pode alhear. Tem de ter uma atenção e sensibilidades crescentes tanto mais quando estamos a falar de um grupo da população que tem vindo a ganhar um peso cada vez maior e que, até em face da situação que estamos a viver, tem sido conduzido para situações onde muitas vezes se confunde protecção com isolamento e isto não pode acontecer”.
O candidato do PCP defende uma presidência que se “guie pela Constituição e mais activa no seu cumprimento. ”O presidente da Republica não é governo mas faz um juramento na tomada de posse em defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição que não é neutra do ponto de vista dos caminhos que aponta para assegurar a esta faixa da população um conjunto de direitos”. Aponta claramente, continua, “para a necessidade de uma politica nacional para a 3ª idade que garanta a segurança económica dos mais idosos e garanta o combate ao seu isolamento. No exercício dos poderes do presidente da República isto tem de ser preocupações sempre presentes”. O compromisso é fundamental que o presidente da República tem com a Constituição “distingue esta candidatura e por isso tem uma importância adicional; trazer consigo o compromisso com a Constituição da República e com a sua efectiva defesa”.
Perto de uma centena de pessoas ouviu o candidato prometer uma presidência “mais sensível e activa na defesa dos direitos dos mais velhos que “nunca deverão ser encarados como um fardo social”.
A sessão teve lugar no salão dos Bombeiros Voluntários do Pinhal Novo e contou também com a presença de dirigentes e membros das estruturas associativas, apoiantes da candidatura de Pinhal Novo, Bairro Alentejano, Poceirão, Barreiro, Moita, Sesimbra, Setúbal, Seixal e Almada.
Em uníssono afirmam que a candidatura de João Ferreira“ é a única que garante outro rumo, por uma vida melhor para o povo, com coragem e confiança, em defesa de direitos, da liberdade e da democracia”.