A pandemia que estamos a viver, veio impor um conjunto bastante alargado de restrições e de alterações aos hábitos diários da generalidade das pessoas, com vista a prevenir, conter, mitigar e tratar a Covid19. Deste conjunto de hábitos, está, o uso da máscara, que passou a fazer parte do nosso dia a dia.
Nesta fase, é recomendado o uso de máscara, sobretudo em locais fechados onde existe alguma aglomeração de pessoas, e há situações em que se torna mesmo obrigatório o seu uso, designadamente em transportes públicos, superfícies comerciais, entre outros.
A verdade é que as pessoas se confrontam com algumas questões e dúvidas que merecem ser esclarecidas. Por exemplo, a opção de comprar máscaras de proteção descartáveis é ambientalmente insustentável (porque são de usar e deitar fora) e, simultaneamente, tornam-se, no cômputo geral, mais caras. Então, é ou não seguro optar por máscaras, por exemplo, de tecido, que possam ser usadas, lavadas e reutilizadas? Todos os tipos de tecidos são eficazes? Que características devem ter essas máscaras para produzirem efeito de complemento de proteção? Requerem um filtro associado ao tecido?
Tendo em conta o problema ambiental que se está a gerar com a descartabilidade destes materiais de proteção, deveria, na perspetiva dos Verdes, haver um incentivo para que os cidadãos optassem por materiais reutilizáveis. Para o efeito, é preciso que conheçam não apenas como deve ser constituído e construído esse material, mas também que cuidados devem ter na lavagem do mesmo. Há uma temperatura adequada para serem lavados? Basta lavar com água e sabão? Estas são mais algumas dúvidas que se têm levantado sistematicamente a muitos cidadãos.
Mais, há uma outra questão associada a esta utilização massiva de máscaras, que se prende com o seu uso correto. Como deve ser colocada, usada e retirada a máscara, para que, ela própria, não constitua um risco de infeção para o utilizador?
O que se torna visível é que há uma panóplia significativa de dúvidas, que requerem respostas urgentes, porque as pessoas estão já a adquirir e a utilizar estes materiais de proteção. Ora, o Estado não deve demitir-se de prestar os esclarecimentos devidos, e devia lançar campanhas intensas de informação e esclarecimento aos cidadãos sobre o tipo de material de proteção eficaz quanto ao objetivo traçado, e sobre a forma correta de utilizar esse material, sejam mascaras, viseiras ou luvas.
Por tudo isto, Os Verdes levam na próxima semana a plenário, uma iniciativa legislativa para que o Governo promova uma intensa campanha de informação e esclarecimento aos cidadãos que seja simultaneamente incentivadora, sempre que possível, da utilização de material de proteção individual reutilizável, e não descartável após uma única utilização, formativa em relação à correta utilização dos materiais de proteção individual, como máscaras, viseiras ou luvas e elucidativa quanto às características a que o fabrico de material de proteção individual deve obedecer.