O PS deu liberdade de voto aos militantes nas presidências e o presidente da Concelhia fala em reforço da esquerda
O presidente da Comissão Política Concelhia do PS de Almada, Ivan Gonçalves, vai apoiar Ana Gomes para a Presidência da República, isto depois de no passado sábado a Comissão Nacional do partido ter deliberado que o PS não irá apoiar formalmente nenhum candidato. Com isto, o também deputado à Assembleia da República aproveitou a liberdade de voto e vai contra o que parece ser uma certa tendência crescente no partido de apoiar a reeleição de Marcelo Rebelo de Sousa.
Em nota de imprensa, assinada pelo próprio Ivan Gonçalves, este afirma: “Nas próximas eleições presidenciais o meu voto será em Ana Gomes”. Um voto que diz não se traduzir na mobilização dos portugueses “contra o actual titular do cargo que, sucedendo ao pior Presidente da República do Portugal democrático, tem sabido, por vezes até excessivamente, interpretar o sentimento momentaneamente prevalecente na maioria da população portuguesa”.
As razões que o levam assim a votar na candidata Ana Gomes são o reforço da esquerda política, tendo em conta que “no momento em que o País enfrenta uma ameaça sanitária, uma ameaça económica, uma ameaça social e uma ameaça democrática, devemos procurar respostas no nosso campo político – a esquerda”.
É nesta linha que afirma que Portugal “precisa de um presidente de esquerda que lute pela Liberdade que se materializa no Estado Social, no Serviço Nacional de Saúde, na Escola Pública e no apoio aos sectores mais vulneráveis da sociedade”.
Além disso, considera que Ana Gomes será a Presidente da República capaz de ser “parceira do Governo do Partido Socialista nos tempos difíceis que atravessamos e que atravessaremos, que seja independente dos poderes económicos, que seja um exemplo na luta contra a corrupção e que se empenhe na defesa da sustentabilidade do nosso planeta”.
Considera ainda que a candidata será a presidente com força para “defender uma Europa unida e com uma visão humanista do mundo, que combata todo o tipo de desigualdades, que lute contra a xenofobia, a misoginia, o racismo e o conservadorismo”.
