Operação será executada de forma faseada. Petição pede a autarca para repensar acções
O parque da Urbanização de Sete Portais, situada na freguesia de Santo André, terá dentro de dois meses um espaço verde renovado, que vai contemplar duas fases – a hidráulica e a de remodelação daquela zona –, numa operação que está a ser executada pela Câmara do Barreiro, em articulação com as obras que estão a decorrer na Rua Capitães de Abril e na Avenida Escola de Fuzileiros Navais.
A intervenção inclui “medidas que promovem a renaturalização do ciclo urbano da água, criando-se um espaço paisagisticamente interessante e vivo”, revela a autarquia, que adianta que será criado no local “um novo ‘espaço azul’ para além do verde, ambos em perfeita harmonia”. As acções incluem “a realização de uma pequena linha de água – recuperando a função natural deste espaço, e de uma bacia de retenção – um pequeno lago que se forma quando chove, devidamente dimensionados e protegidos”, acrescenta.
Desta forma, a câmara pretende “promover a melhoria dos solos, a amenização da temperatura ambiente, o adequado escoamento natural e a melhoria geral do ecossistema, numa ‘nova’ lógica de desenho urbano mais natural”.
Prevista está ainda, posteriormente, a remodelação de todo o espaço verde, incluindo “a integração das referenciadas vala e bacia, acrescentando-se um pomar, entre outros elementos, numa intervenção que se projectou de forma interdisciplinar”, destaca, com a remodelação da área verde a iniciar-se seguidamente e de forma faseada até ao final de Dezembro e princípios do próximo ano.
O actual executivo, liderado pelo presidente Frederico Rosa, refere como “mais valias” desta intervenção, a renovação do espaço com a renaturalização do “caminho da água”, assim como a redução de consumos com a água da rega e remodelação do sistema. A estas juntam-se também a introdução do referido pomar e a arborização daquela zona, com a criação de áreas de sombra e a “introdução parcial de prados floridos”.
Actualmente, naquele local, o município barreirense afirma que está a estudar a criação de um acesso rodoviário para veículos de manutenção e para pessoas de mobilidade reduzida à zona do espaço verde e considera que “não há, infelizmente, obras sem incómodos, mas estas em especial irão proporcionar um aumento substancial da qualidade de vida na zona”, apelando à “compreensão e colaboração” dos munícipes.
Recolhidas cerca de 140 assinaturas
No seguimento desta intervenção, presentemente, está a decorrer a petição pública “Não queremos uma vala a céu aberto”, endereçada ao presidente do município, Frederico Rosa, que até à última segunda-feira já tinha reunido um total de 139 assinaturas.
No documento, os signatários apelam ao autarca “que a construção da mesma seja revista/repensada” e referem que o seu desenvolvimento teve início “sem que tenha sido dada qualquer informação por parte da entidade responsável, por forma a que os moradores e principais envolvidos, tivessem conhecimento da mesma”.
Após solicitados esclarecimentos em reunião de câmara, os membros responsáveis pela petição afirmam que continuam “sem qualquer acesso à caracterização e ao projecto desta obra”. A verificar-se o facto daquela vala ser, efectivamente, construída a céu aberto, estes consideram que a mesma “representará manifestamente um impacto negativo na segurança e qualidade de vida dos moradores” daquela urbanização.