Paulo Rodrigues: “Um dos maiores clubes do mundo poderá vir a ser fulcral na nossa SAD”

Paulo Rodrigues: “Um dos maiores clubes do mundo poderá vir a ser fulcral na nossa SAD”

Paulo Rodrigues: “Um dos maiores clubes do mundo poderá vir a ser fulcral na nossa SAD”

Após o triunfo de domingo nas eleições, o novo líder dos sadinos fez o balanço dos primeiros dias de trabalho no cargo

 

Com quatro dias de trabalho que balanço faz da sua experiência como presidente do Vitória FC?

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Em primeiro lugar quero agradecer à minha direcção, aos sócios que acreditaram em nós, aos funcionários, jogadores, treinadores, staff técnico e à formação, todos estão empenhados em ajudar o Vitória. Os primeiros quatro dias têm sido apenas de informação para saber qual é a realidade do clube. Todos estão connosco porque perceberam que a mensagem que hoje lhes passo é de trabalho, garantia de verdade e futuro. Para quem tem quatro dias de trabalho, achamos positivo chegar às 08:00 e sair à meia-noite. O Vitória precisava disso e as pessoas perceberam que ter um presidente junto deles, no dia-a-dia, nos gabinetes, na relva, na bancada era o que o Vitória mais precisava.

 

Disse que se ganhasse as eleições a prioridade ia ser pagar os salários aos funcionários. Já conseguiu cumprir o prometido?

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Já resolvemos algumas situações. A dificuldade está em que nem se sabia quantos funcionários havia no clube. A antiga direcção não nos deixou informação nenhuma, mentiu aos sócios com comunicados em que dizia que estava tudo em dia. Apanhámos uma pesada herança da ex-direcção e estamos a resolver as coisas com os funcionários, que nem sabiam ao certo qual o valor a que cada um tem direito. Fizemos uma procura e apurámos quais os valores e vamos resolver. Os funcionários estão felizes e sabem que dentro de um dia ou dois vamos resolver o que prometemos porque a nossa prioridade sempre foi regularizar o vencimento dos funcionários.

 

Em termos financeiros, já consegue ter uma noção mais exacta da situação do Vitória neste momento?

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Não. Neste momento não conseguimos ter uma ideia. Apenas estamos concentrados nos funcionários do clube e do Bingo, que são muitos. Queremos também saber qual é o verdadeiro orçamento da equipa principal de futebol, que ainda não nos foi facultado. Estamos à espera dessa informação até amanhã (hoje) às 12:00 horas.

 

Qual o ponto da situação em relação aos investidores anunciados. Quando vai passar da teoria à prática?

Os nossos investidores estão connosco. Hoje (ontem) temos reunião com dois, terça-feira temos reunião com um dos maiores de Portugal e, à tarde, com um dos maiores clubes do mundo, que poderá vir a ser fulcral na nossa SAD. Sempre dissemos que tínhamos quatro investidores para o clube, SAD e academias. Não o fizemos para ganhar as eleições. Quem vier ao estádio hoje constata que os funcionários estão felizes por verem uma mudança drástica e por confiarem em nós.

 

Terça-feira ficou marcada pela chamada da polícia ao Bonfim por alegadamente dois ex-dirigentes terem vasculhado informação nos serviços administrativos. Ambos refutaram as acusações ao nosso jornal. Qual a sua versão dos acontecimentos?

Na segunda-feira reunimos com dois representantes da antiga direcção e pedimos que apresentassem as informações como mandam os estatutos. Não nos foi facultada essa informação e disseram-nos que quase nada sabiam. Ficámos de nos encontrar quarta-feira. Fomos surpreendidos quando alguém me contactou e disse que havia dois ex-dirigentes dentro do departamento da administração do Vitória. De imediato desloquei-me ao local e fui surpreendido pela presença dessas duas pessoas que não nos tinham avisado. Estavam a mexer em papéis e levaram alguns do nosso departamento. Isso confirmo que aconteceu.

 

Ao longo dos últimos anos teve a oportunidade de trabalhar com os seus antecessores Fernando Oliveira, Vítor Hugo Valente e Paulo Gomes. Qual a sua opinião sobre cada um deles?

Fernando Oliveira? Muito sério, uma pessoa de palavra, percebe muito de futebol, é uma das pessoas com quem mais me orgulhei de ter trabalhado. Foi por ele que entrei no Vitória, clube com que trabalhei de forma discreta nos últimos oito anos. Sempre ajudei o Vitória com ele como presidente. Não tenho nada a apontar. Foi o melhor presidente que conheci no Vitória. Quanto a Vítor Hugo Valente fiquei muito triste porque ajudei-o quando me pediu ajuda. Pensei que fosse uma pessoa mais séria e que cumprisse com a palavra que deu quando o ajudei. Enganou-me a mim, aos sócios, à cidade e a todos os setubalenses. Acreditei em Paulo Gomes, foi nas salas dele que conheci a direcção de Vítor Hugo Valente. Quando saía dessas reuniões dizia que as únicas pessoas de que gostava era de Paulo Gomes e Pedro Gaiveo Luzio. Mais tarde, Paulo Gomes veio a revelar-se e mostrar que não era a pessoa certa para presidir ao Vitória. A prova foi que a sua gestão foi desastrosa, danosa e meteu em causa tudo e todos. Acho que foi o pior presidente que conheci na história do Vitória.

 

O candidato da lista C, Nuno Soares, teve menos 49 votos que a sua lista. Esperava uma eleição tão renhida?

Sim. Havia três candidatos e dois eram de Setúbal. Por um lado, Vítor Hugo Valente, que tinha conseguido desportivamente e financeiramente cumprido os objectivos ao manter a equipa na I Liga e ter os salários em dia a funcionários, jogadores e equipa técnica. É verdade que o fez, mas para o conseguir não pagou a muita gente: investidores, fornecedores, Finanças e Segurança Social. Esta foi a gestão do senhor Vítor Hugo Valente. Já o Nuno Soares é um sócio que fala muito bem em assembleias-gerais. Todos reconhecemos as suas capacidades verbais. Estava à frente da Comissão de Auditoria e endereço-lhe através de O SETUBALENSE o convite para, se ele quiser, continuar a fazê-lo. Pelos conhecimentos que tem sobre a matéria seria útil ter alguém com as suas capacidades. O Nuno tem uma força muito grande nas modalidades do Vitória e sabia que muitos sócios iriam votar nele. Sabia que ele podia ganhar ou ficar muito próximo de mim, o que chegou a acontecer. Dois dias antes das eleições disse-lhe que sabia que ele iria ficar à frente de Vítor Hugo Valente. No entanto, acreditava que era eu que iria ganhar porque os sócios queriam a mudança e o melhor programa para o Vitória. Defendemos a transparência e já defini que de 15 em 15 dias – vamos fazer o primeiro amanhã (hoje) – vai haver um comunicado para que os sócios saibam o que fizemos nesse período.

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