Barreirense procura o regresso aos grandes palcos do futebol onde foi um dos pioneiros

Barreirense procura o regresso aos grandes palcos do futebol onde foi um dos pioneiros

Barreirense procura o regresso aos grandes palcos do futebol onde foi um dos pioneiros

Um quarto lugar na Primeira Liga e uma presença nas competições europeias foram o auge dos alvi-rubros

Remonta a 1888 a primeira vez que houve futebol em Portugal, mas apenas em 1896 se assistiu a este desporto praticado por atletas portugueses. Em 1911 nasceu um clube que se considera estar nas géneses do futebol português, um clube de história, paixão e muitas vitórias, sendo ele o Futebol Clube Barreirense (FCB).

Foi António Maria de Oliveira quem levou o futebol para o Barreiro em 1901 pois foi ele que, juntamente com Joaquim Rosário Costa e José de Araújo, fundou o Sport Clube Barreirense (SCB). Poucos anos depois, trabalhadores das oficinas Gerais dos Caminhos de Ferro do Sul e Sueste fundaram uma associação, dando-lhe o nome de Sport Recreativo Operário Barreirense (SROB). Nesse grupo estavam Artur Pereira, José Duarte Silveira, João Rodrigues Lindim e Manuel Delícias Correia.

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O passar do tempo levou a que o Sport Recreativo Operário Barreirense ganhasse mais importância, contribuindo para isso a extinção de colectividades idênticas, aumentando desta forma o seu número de associados. Com o aumento das receitas, também veio um aumento de despesas, levando o clube a atravessar dificuldades financeiras, obrigando a existência de uma Assembleia Geral, realizada em 11 de Abril de 1911, que decidiu que do Sport Recreativo Operário Barreirense nascesse o Futebol Clube Barreirense.

Os alvi-rubros são um histórico do futebol português, um emblema que contabiliza 24 presenças na I Divisão, sendo o 15º clube com mais presenças, e uma na Taça das Cidades com Feiras de futebol, considerada a antecessora da Taça UEFA, e dois títulos nacionais e seis Taças de Portugal no basquetebol. Hoje nos campeonatos distritais de futebol, o Barreirense já foi um dos clubes mais importantes do futebol nacional. Na década de 1930, foi duas vezes finalista do Campeonato de Portugal, perdendo em 1930 para o Benfica no prolongamento e em 1934 para o Sporting. Na I Divisão também foi presença assídua nos anos 1950, 1960 e 1970, tendo como melhor classificação o quarto lugar obtido em 1969-70, que valeu a qualificação para a Taça das Cidades com Feiras, precursora da antiga Taça UEFA e atualmente Liga Europa, em que defrontou o Dínamo Zagreb: 2-0 no Barreiro, 1-6 na Croácia.

Pela primeira vez, em 109 anos de história, o clube do Barreiro tem uma mulher como presidente. Porque, como diz o lema do clube, há uma esperança que não finda e uma fé que tudo vence, Maria João de Figueiredo, 52 anos, candidatou-se com o intuito de recuperar a mística de um emblema. Em entrevista a O SETUBALENSE, a presidente afirmou que os principais objectivos passam por “rentabilizar os espaços o melhor possível, recuperar a mística do Barreirense e trazer mais gente para os jogos, envolvendo as modalidades, e acima de tudo apostar na formação de atletas “.

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Para o futebol sénior, que se prepara para competir pela quinta temporada consecutiva na I Divisão Distrital da Associação de Futebol de Setúbal (AFS), a ambição é o regresso ao Campeonato de Portugal. “Tenho noção de que vai ser um campeonato difícil, com adversários difíceis, mas a nossa aposta vai ser criar as melhores condições para que a equipa consiga subir de divisão”.

Maria João de Figueiredo tem como prioridade reacender a chama deste gigante adormecido, e acredita que passando pela formação pode conseguir fazê-lo. O viveiro, que em outrora alimentou os denominados “grandes” do futebol português, parece estar morto, mas a actual direção pretende trazê-lo de volta. “Não há impossíveis, mas sou uma mulher racional e mantenho os pés bem assentes na terra”, e é com racionalidade que a dirigente pretende levar o Futebol Clube Barreirense para o próximo patamar.

Os talentos nascidos na escola alvi-rubra

Com tanto talento que já passou pelos alvi-rubros, era possível construir um plantel de luxo, capaz de fazer inveja a muitos clubes portugueses. Os nomes mais assinaláveis foram o guarda-redes Bento, o médio Carlos Manuel, os extremos José Augusto, Fernando Chalana e Albano, um dos cinco violinos do Sporting CP, sendo o nome mais recente a sair da formação alvi-rubra o lateral João Cancelo. O treinador da AS Roma, Paulo Fonseca, também fez grande parte da formação e da carreira enquanto futebolista no clube.

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B.I:
Nome: Futebol Clube Barreirense
Também conhecida por: Alvi-rubros
Localidade: Barreiro
Data de fundação: 11 de março de 1911 – 109 anos
Principais actividades: Futebol, Basket e Futsal
Actual presidente: Maria João de Figueiredo

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