A perigosa irresponsabilidade impune nas praias

A perigosa irresponsabilidade impune nas praias

A perigosa irresponsabilidade impune nas praias

, Ex-bancário, Corroios
21 Julho 2020, Terça-feira
Francisco Ramalho

Para contenção do novo coronavírus, além do distanciamento social e da proibição de jogos com bola, até foi calculado o número de banhistas que cada praia deve conter.

Mas, depois, na prática, que se verifica? Pelo menos na que temos frequentado, a Costa de Caparica, mais concretamente, as praias do Tarquínio, Dragão Vermelho e Praia Nova. Sobretudo na primeira, o que temos constatado, são situações inadmissíveis e lamentáveis de incumprimento das normas em vigor relacionadas com o surto viral. Que, com situações destas e outras que já aqui temos relatado, não só não nos larga, como, consequentemente, cada vez mais se expande, com todas as nefastas consequências na saúde pública, na economia, no relacionamento entre as pessoas, sejam elas familiaresamigos , vizinhos, colegas de trabalho, etc.

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A irreverência, é uma condição normalíssima e intemporal dos jovens. Mas, em tempos de pandemia, pode ser muito perigosa. Pode ser um potencial foco de contágio, quando se juntam irresponsavelmente em grupos, convivendo e brincando. E é exatamente isso, que acontece sem que ninguém lhes chame a atenção ou até, no caso de insistência, serem sancionados, como, aliás, está previsto na Lei.

Como se sabe, os nadadores-salvadores, não têm qualquer autoridade para o fazer. Limitando-se, os que por sua livre e espontânea vontade, assim decidam, chamar-lhes à atenção para o perigo e o incumprimento de tal comportamento. Falando com alguns, disseram-nos que de uma forma geral, além de não lhes ligarem nenhuma, ainda estão sujeitos a más respostas. Só quem pode fazê-lo, chamá-los à razão ou até puni-los, é a Polícia Marítima. E isso,nem nós, nem os nadadores-salvadores com quem conversámos, com uma única exceção e, segundo ele, relacionada com um jogo de futebol, nunca vimos.

Fomos então indagar sobre a única entidade que pode (e deveria…) fazer cumprir a Lei nas praias. E sem qualquer desvalorização da PM, mas, segundo o que apurámos, a conclusão a que se pode chegar, se não se trata-se de um assunto tão importante, tão preocupante, daria para nos rebolarmos a rir. Fomos duas vezes ao posto da PM que fica a 200 metros da praia do Tarquínio e, compreende-se perfeitamente porquê, estava fechado com uma placa na porta a dizer: “Agentes no Exterior” e um numero de telemóvel.

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E os agentes no exterior, são dois. Dois por cada turno ,cuja área de atuação vai da Cova do Vapor à Fonte da Telha, mais as praias fluviais do Seixal e do Barreiro. Foi-nos dito ainda por um responsável em Lisboa, que se houvesse necessidade de reforços, eles iriam da capital. Pelos vistos, nunca tal se verificou.

Pronto! E ficamos assim!

Quem quiser que vá confirmar o que descrevemos. Nomeadamente, se é que ainda não sabe, quem pode e deve alterar/corrigir esta situação. Que, com certeza, deve ler a imprensa regional. Aqui fica neste seu destacado representante, “ O Setubalense”, O alerta.

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