No passado dia 29 de Maio, perfizeram 15 anos sobre a conquista da 3ª Taça de Portugal, por parte do ENORME VITÓRIA FUTEBOL CLUBE.
Com efeito, a 29 de Maio de 2005, o Vitória e o Benfica disputaram a Taça de Portugal, no Estádio do Jamor, tendo o Vitória vencido por 2-1.
Eu, a Ana Leonor, o meu irmão Luigi e a minha filha mais velha Leonor, tivemos o privilégio de assistir em directo, ao vivo e a cores, a essa jornada grandiosa e épica. Embarcámos nos autocarros cedidos pela Câmara Municipal de Setúbal (o nosso autocarro era o número 13, para dar sorte) e aí fomos nós, todos imbuídos de espírito vitoriano para o Estádio Nacional.
Chegámos às 11 horas. Desde essa hora até às 14.30, circulámos alegremente nas zonas envolventes ao estádio, onde comemos, gritámos, confraternizámos com alegria e espírito desportivo.
A seguir, entrámos para dentro das instalações do estádio, não tendo os porteiros permitido que eu entrasse com o meu cantil. Daí que tive de esconder o cantil num arbusto, na vã esperança de o reencontrar. No fim do jogo, fui à procura do cantil… e lá estava ele cheio de água.
Que bem que me soube! Era a água da vitória.
Regressemos ao estádio. A falange vitoriana colocou-se no topo norte, que se foi progressivamente enchendo de adeptos. Assistimos à actuação da Tuna do Pólo Universitário de Setúbal. Cantámos a música ”Rio Azul” de Mário Regalado e Laureano Rocha, perante a estupefacção dos adeptos do Benfica.
Ainda não tínhamos aquecido o lugar e já o nosso guarda-redes, Moretto tinha derrubado um jogador do Benfica, com a correspondente grande penalidade, convertida por Simão.
A partir daí, o Vitória começou a dominar as operações, não sendo de estranhar o golo do empate. Jorginho domina a bola dentro da área, e após alguns dribles, esta sobra para Manuel José, que remata cruzado, restabelecendo a igualdade, aos 20 minutos da primeira parte.
Na segunda parte, assistiu-se a uma partida mais equilibrada, com o Vitória a não descurar a vertente ofensiva.
Na sequência de uma falta a meio campo, Sandro lança a bola para a entrada da área, Meyong amortece a bola com o peito, que vai na direcção de Ricardo Chaves. Este remata à baliza, Moreira faz uma defesa incompleta e Meyong remata imparável, marcando o segundo golo do Vitória.
Faltavam cerca 20 minutos para o jogo acabar. Foi um tremendo nervosismo, embora o Benfica, mais ofensivo, nunca tivesse chegado realmente a criar verdadeiro perigo.
Depois… foi a festa que se prolongou, já com a presença das outras duas filhas, Madalena e Vera, e que teve o seu auge, pelas 22 horas, quando a comitiva vitoriana chegou à Praça do Bocage, perante o delírio da multidão que enchia por completo a praça mais emblemática na nossa cidade.
No dia seguinte, a 3ª Taça de Portugal foi fazer companhia às outras duas existentes (1965 e 1967), e que já estavam cansadas de estar sozinhas, na Sala de Troféus Josué Monteiro.
O Vitória Futebol Clube é um dos clubes mais prestigiados do futebol português. Vice-campeão nacional, vencedor de três Taças de Portugal, uma Taça da Liga, Supertaça Ibérica, Taça Teresa Herrera, Mini-Copa do Mundo, dois Troféus Ibéricos, três Taças Ribeiro dos Reis, entre outros, dezenas de participações em competições europeias, onde eliminou equipas tais como o Liverpool, Leeds United, Inter de Milão, Fiorentina, Spartak de Moscovo, Anderlecht, Lyon, Rapid Bucareste, Hajduk Split, entre muitas outras.
Fica aqui uma evocação emocionada de um dos momentos mais inolvidáveis da história do Vitória Futebol Clube.