É certo de que a influência da Terra sobre a origem e a evolução da vida é maior do que tem sido a influência desta sobre o planeta, ainda que este seja sem dúvida uma criação da vida. Contudo o aparecimento do Homem inverteu esta situação rapidamente: as transformações que a Humanidade opera por intermédio das tecnologias industriais e da exploração dos recursos trouxeram significativas transformações no clima, mais precisamente nos solos e nos mares, ou seja, no conjunto da natureza.
O aparecimento deste tipo de acção veio com a Revolução Industrial, em que os factores de transformação aumentarem em nº e em poder. Estes factores foram a destruição da floresta tropical, a erosão progressiva dos solos, a degradação das terras de pastagem, a poluição crónica e o empobrecimento biológico dos oceanos.
Uma visão optimista ou real que é extremamente atenta, é a de que daqui a 25 anos haverá o acabar da beleza e da diversidade do Mundo, produto de uma criação de centenas de milhões de anos. Já no ano 2000 se avançava para o panorama em que 1/5 da totalidade actual das espécies estaria destruído.
Qual o papel dos parques e das reservas? De pouca utilidade para suster a extinção de muitas espécies de vertebrados terrestres e a agonia dessas espécies continua a processar-se nesses locais por razões ecológicas e genéticas.
No fim disto tudo o que ficará? O Professor Germano Sacarrão argumentou:
Museus de história natural iguais a cemitérios da natureza, testemunhos de um prolongado declínio.
Depois desta visão pessimista ou realista, uma visão optimista proporcionada por certos autores, que acreditam ser possível impedir o desaparecimento de grande parte de aves e de mamíferos, em que o método deveria ser o praticar de uma gestão apropriada das reservas naturais, manipulando durante longo tempo a reprodução e a genética de pequenas populações das espécies aí conservadas. Temos o caso do Lince ibérico.
Optemos por esta via, expectantes face ao nosso próprio destino.