Idosa estava em apoio domiciliar e apresentou dificuldades respiratórias. Uma equipa do INEM fez a assistência da utente da Associação dos Socorros Mútuos e encaminhou o caso para o Hospital de São Bernardo, mas no caminho foi declarado óbito. Teste realizado após a morte deu positivo para Covid-19
Oito funcionários da Associação de Socorrros Mutuos Setubalense (ASMS) encontram-se em quarentena devido à morte de uma utente, na passada quinta-feira, cujo o teste à Covid-19, realizado após a morte, deu positivo.
Até ao momento os funcionários não apresentam qualquer sintoma e após a quarentena vão ser sujeitos a testes de despiste à Covid-19, segundo esclareceu a O SETUBALENSE, o presidente da ASMS, Fernando Paulino.
Também os familiares e uma funcionária particular, que acompanhava a idosa em assistência diária a tempo inteiro estão em quarentena, “após determinação pelas autoridades locais de saúde pública e pela Segurança Social”, explica Fernando Paulino.
“A utente, que se encontrava em apoio domiciliar, apresentou dificuldade respiratória grave. Foi contactado o INEM, que prestou a assistência médica de emergência na residência e avançou com a utente para o Hospital de São Bernardo. No entanto, no caminho a senhora entrou em paragem cardiorrespiratória e foi declarado o óbito. Já no hospital foi realizado um teste à Covid-19 que deu positivo”.
O Centro Hospitalar de Setúbal confirma a O SETUBALENESE que a mulher faleceu a caminho do Hospital de São Bernardo. No entanto, o CHS indica que outras informações sobre as causas da morte devem ser confirmadas pelo Instituto de Medicinal Legal de Setúbal, o qual até ao fecho desta edição não prestou declarações ao jornal.
Por seu lado Fernando Paulino expõe que, “embora uma profissional de saúde do hospital tenha referido, na informação clinica da utente passada à assistente social da ASMS, que após o falecimento foi feito um teste à Covid-19 e que o mesmo teve resultado positivo, não é possível garantir que a causa da morte seja Covid-19”.
Quanto à via da transmissão da Covid-19, a mesma também não pode ser confirmada.
Desde a chegada da pandemia a Portugal e tendo em conta o risco de contágio para os utentes internados em lar residencial, a ASMS decidiu colocar cem pessoas em assistência domiciliar. “Um processo que foi totalmente articulado com os seus familiares e com a Segurança Social”.
Embora esta reoganização de serviços, realizada ao abrigo do plano de contigência instituido pela ASMS, “permita garantir maiores condições de segurança para os utentes, há sempre situações que são impossíveis de controlar”, refere Fernando Paulino.
A quarentena dos oito funcionários, implicará a mudança total de quatro equipas do apoio domiciliar, no entanto Fernando Paulino garante aos utentes e seus familiares “que a assistência não estará em causa, uma vez que a Segurança Social tem uma bolsa de profissionais disponíveis para responder a estas situações”.
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Clínica abre na primeira semana de Maio
No início de Maio a Associação de Socorros Mútuos Setubalense vai retomar a sua actividade assistencial em clínica geral, “com consultas marcadas por telefone e horários espaçados, para que os pacientes não se cruzem no consultório”, comenta Fernando Paulino. “Serão também entregues equipamentos protecção individual aos médicos e pacientes”.
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Os serviços de reabilitação física continuarão em suspenso, “uma vez que a prática de fisioterapia implica o contacto directo entre profissionais de saúde e pacientes”.