A Marinha instalou um centro de acolhimento temporário com 350 camas na Base Naval de Lisboa, em Almada, que já está disponível para receber doentes de Covid-19 ou pessoas com necessidade de isolamento, incluindo profissionais de saúde.
“Os preparativos estão concluídos e, com uma prontidão quase imediata, podem ser aqui recebidas pessoas. Vamos ver se será necessário, se tudo correr bem não será, mas estamos preparados para essa eventualidade, caso seja”, referiu o ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, em declarações aos jornalistas.
O governante falava durante uma visita à Base Naval de Lisboa, em Almada, no distrito de Setúbal, onde teve o objetivo de ver os “preparativos” do novo equipamento, que disponibiliza 350 camas para “doentes, pessoas não infetadas que precisem de isolamento ou profissionais de saúde”, nomeadamente do Hospital Garcia de Orta, localizado no concelho.
Segundo Gomes Cravinho, o encaminhamento das pessoas será feito pelas várias regiões do país em conjunto com a Proteção Civil, a Administração Regional de Saúde e as autarquias.
“Há todo um processo de decisão que começa no momento de detecção de uma necessidade com as autarquias, que estão em contacto com a Proteção Civil, com a Administração Regional de Saúde e o Secretário de Estado responsável. Havendo necessidade, imediatamente disponibiliza-se este espaço”, explicou.
Nesta visita também esteve presente o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares e coordenador da declaração do Estado de Emergência na região de Lisboa e Vale do Tejo, Duarte Cordeiro, que frisou como esta é uma resposta “muito importante”.
“Na realidade nós gostaríamos que não viesse aqui parar nenhum cidadão, mas a região de Lisboa e Vale do Tejo é muito grande, nem todos os concelhos têm a mesma capacidade de ter respostas por si só e, portanto, é muito natural que surja uma situação em que tenhamos uma instituição, um lar ou outro tipo de equipamentos, como aconteceu esta semana”, referiu.
De acordo com o responsável, o equipamento da Marinha vai disponibilizar refeições e lavandaria, a Segurança Social garantiu auxiliares de apoio e a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo irá assegurar o apoio médico.