28 Junho 2024, Sexta-feira

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Covid-19: Trabalhadores da refinaria de Sines preocupados com suspensão da produção

Covid-19: Trabalhadores da refinaria de Sines preocupados com suspensão da produção

Covid-19: Trabalhadores da refinaria de Sines preocupados com suspensão da produção

Os representantes dos trabalhadores na refinaria de Sines da Petrogal manifestaram-se hoje preocupados com as consequências negativas que a suspensão da produção, em Maio, poderá causar aos prestadores de serviços, apelando à preservação dos empregos.

“Estamos preocupados porque, há cerca de um mês, a Petrogal decidiu rasgar e reduzir contratos com os prestadores de serviços, do contrato de manutenção da refinaria, que provocou 80 despedimentos e esse fantasma continua a assombrar”, afirmou à agência Lusa Hélder Guerreiro, coordenador da Comissão de Trabalhadores (CT) da refinaria de Sines da Petrogal.

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Perante o actual cenário de suspender, a partir de 4 de Maio, a produção na refinaria de Sines, o também dirigente do Site Sul (sindicato das indústrias transformadoras, que integra a Fiequimetal) apelou à administração da Galp no sentido de “preservar os empregos” e “aliviar a pressão social”.

“Sabemos que há muita gente em casa, despedida e dispensada, e apelamos a que a administração da Petrogal/Galp não volte a rasgar contratos e a reduzir contratos de prestação de serviços no sentido de preservar o emprego e aliviar a pressão social que toda esta situação acarreta”, acrescentou.

O coordenador da CT da Petrogal adiantou ainda que, tendo em conta que a administração não irá avançar para o ‘lay-off’ (suspensão temporária do contrato de trabalho), os mais de 500 trabalhadores diretos da refinaria de Sines “não têm para já razões de preocupação” em relação aos seus postos de trabalho.

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“A administração apontou que não irá avançar com o ‘lay-off’, o que seria a situação mais preocupante, e para já não há motivo para nos preocuparmos em demasia relativamente aos trabalhadores da Petrogal”, acrescentou.

Num “clima de incerteza” face ao futuro, o dirigente, que critica igualmente a “distribuição de 570 milhões de euros em dividendos aos acionistas”, espera que esta suspensão da produção “seja no mais curto período de tempo” e não se prolongue por mais de um mês.

A Galp vai suspender a atividade na refinaria de Sines a partir de 4 de Maio e durante cerca de um mês, por impossibilidade de escoamento “dos produtos produzidos”, na sequência da pandemia, confirmou na segunda-feira fonte da empresa.

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“Será necessário estender as medidas de ajustamento no funcionamento da refinaria de Sines [distrito de Setúbal], suspendendo temporariamente a operação da generalidade dessas instalações a partir de 4 de Maio de 2020, por um período expectável de um mês”, confirmou à agência Lusa fonte oficial da empresa.

A Galp justifica a decisão com a “evolução da conjuntura nacional e internacional decorrente da prorrogação do estado de emergência”, decretado por causa da pandemia da doença provocada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), que impôs “medidas extremas de contenção, quarentenas cada vez mais restritivas e a paralisação da maioria das atividades económicas”.

Lusa

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